Modelagem de algumas características qualitativas de capins do gênero Panicum em função de variáveis climáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Faustino, Marília Gabriela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-05062007-112243/
Resumo: Modelos propostos para a previsão da produção forrageira e das características qualitativas da forragem ao longo do ano podem ser ferramentas valiosas no planejamento de sistemas de produção animal baseados em pastagens, desde que englobem as variáveis determinantes do crescimento das plantas para que possam fornecer valores condizentes com os verificados em condições de campo. Esse estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar características qualitativas da forragem de cinco cultivares de capins do gênero Panicum em resposta às variações estacionais na temperatura do ar e do fotoperíodo, fazendo uso de modelos baseados em soma calórica (graus-dia) e soma calórica combinada com o fotoperíodo (unidades fototérmicas) acumulados durante períodos de crescimento no inverno e no verão. Cinco capins do gênero Panicum foram utilizados: Atlas, Massai, Mombaça, Tanzânia e Tobiatã, cortados a cada 28 dias (Atlas, Massai e Mombaça) e 35 dias (Tanzânia e Tobiatã) no verão (21 de setembro a 22 de março) e 49 dias (Atlas, Massai e Mombaça) e 63 dias (Tanzânia e Tobiatã) no inverno (23 de março a 20 de setembro) a uma altura de 35 cm (Atlas, Mombaça, Tanzânia e Tobiatã) e 15 cm (Massai), as parcelas eram irrigadas para garantir ausência de déficit hídrico, o intuito foi caracterizar às variáveis da degradabilidade in situ da matéria seca (MS), da fibra em detergente neutro (FDN), e da fibra em detergente ácido (FDA), no verão e no inverno. O cultivar Massai apresentou os maiores valores numéricos de DP. Entretanto, para a DE o cultivar Atlas apresentou maior degradabilidade da MS e FDN. Para a composição dos modelos climáticos de degradabilidade efetiva da MS, FDN e FDA, acompanhou-se semanalmente uma rebrotação de verão e bissemanalmente uma rebrotação de inverno. Os cultivares apresentaram diferentes valores de MS, FDN e FDA, demonstrando que apesar de cada capim apresentar um valor de intercepto distinto para cada característica nutricional avaliada, os padrões de redução dessas características são uniformes dentro da estação. Em todos os modelos gerados para a MS, independente da estação ou da variável climática, os cultivares: Atlas, Massai e Mombaça apresentaram valores de intercepto maiores, demonstrando uma maior DE da MS no início da rebrotação, em relação aos cultivares Tobiatã e Tanzânia. Isso provavelmente está relacionado ao menor intervalo entre cortes submetido a esses cultivares, o que propicia às plantas uma menor maturidade fisiológica. Para as fibras (FDN e FDA) somente o verão foi bem caracterizado pelos modelos. A DE da FDN, modelada para UF durante o período de verão, mostrou o mesmo padrão de resposta que ocorreu para a DE da MS. O capim Atlas apresentou o maior valor de intercepto, mostrando o potencial de produção de forragem de melhor valor nutritivo. Padrão semelhante ao que foi encontrado para DE da MS e FDN, foi observado para a DE da FDA, embora para esta variável os cultivares tenham sido similares. Para que os modelos possam se tornar ferramentas práticas de planejamento de sistemas de produção, há necessidade de que estudos complementares sejam realizados.