Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Juliana da Silva Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-13052022-105044/
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Resumo: |
Introdução: A simulação clínica é uma estratégia de ensino e aprendizagem que replica situações clínicas reais, em ambiente seguro e controlado, composta pelas etapas de preparação, participação e debriefing. O debriefing caracteriza-se por um processo de discussão/reflexão capaz de potencializar as competências clínicas do aprendiz. O co-debriefing é um processo de discussão que une a expertise de dois ou mais facilitadores, ainda pouco explorado na enfermagem. Objetivo: Avaliar a efetividade do co-debriefing para desenvolver competências clínicas - habilidades cognitivas (conhecimentos), psicomotoras (procedimentais) e afetivas (atitudes/comportamentos/sentimentos) - no atendimento simulado da parada cardiorrespiratória no adulto, intra-hospitalar, com Suporte Básico de Vida por estudantes de graduação em enfermagem. Método: Estudo-piloto, do tipo ensaio clínico randomizado, controlado, monocego, realizado de acordo com as recomendações do Consolidated Standards of Reporting Trials, em uma universidade de Minas Gerais, com 17 estudantes de enfermagem do último período. O grupo intervenção foi composto por nove estudantes submetidos ao co-debriefing e o controle, por oito estudantes submetidos ao debriefing com um facilitador. Realizouse um workshop intitulado: \"Ressuscitação Cardiopulmonar com Suporte Básico de Vida no adulto e uso do DEA\". Adotaram-se nove instrumentos: formulário para caracterizar o perfil do estudante; pré e pós-teste; Exame Clínico Objetivo Estruturado, Escala de Satisfação de Estudantes e Autoconfiança na Aprendizagem; Escala de Experiência com o Debriefing; cenário simulado; roteiro da etapa de preparação; roteiro do debriefing com um facilitador e roteiro do co-debriefing. Para avaliar o conhecimento e as habilidades psicomotoras intragrupo, empregou-se o teste de Wilcoxon. O teste de Mann-Whitney foi adotado para comparar grupos controle e intervenção nas amostras independentes, e também, na avaliação da satisfação, da autoconfiança e da experiência com o debriefing. Considerou-se significância de 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 3.826.306 e registrado na plataforma para Ensaios Clínicos, sob o código RBR-4kzzcr3. Resultados: Validaram-se os roteiros da etapa de preparação; do debriefing com um facilitador e do co-debriefing, incluindo-se 16 experts. Todos os roteiros apresentaram Índice de Validade de Conteúdo acima de 0,90. O conhecimento do estudante quanto ao atendimento da parada cardiorrespiratória com Suporte Básico de Vida aumentou em ambos os grupos, após o debriefing, revelando resultados estatisticamente significativos (grupo controle=0,011 e grupo intervenção=0,007), no entanto, a avaliação intergrupos, obteve desfechos superiores para o co-debriefing, com valor de p=0,021. Apesar dos resultados apresentados quanto às habilidades procedimentais sobre o Suporte Básico de Vida terem sido significativos em ambos os grupos (grupo controle com p=0,008 e grupo intervenção=0,006), o co-debriefing foi superior, com valor de p<0,001. A análise da satisfação resultou em valor de p=1,00; a autoconfiança em p=0,12 e a experiência com o debriefing em p=0,29. Dessa forma, ambas as técnicas de debriefing foram semelhantes e capazes de desenvolver as habilidades afetivas exploradas. Conclusão: O co-debriefing parece ser mais efetivo que o debriefing com um facilitador para desenvolver as competências clínicas voltadas ao atendimento simulado da parada cardiorrespiratória no adulto, intra-hospitalar, com Suporte Básico de Vida e uso do Desfibrilador Externo Automático, principalmente para as habilidades cognitivas e psicomotoras, por estudantes de enfermagem. |