Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ramachotte, Kamilla Alice de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-07022022-145100/
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Resumo: |
Introdução: a cirrose hepática (CH) representa o estágio final da doença hepática crônica, e o transplante de fígado (LT) é o principal tratamento. As principais complicações vasculares pulmonares que acometem portadores de doença hepática crônica são a hipertensão portopulmonar (HPP) e a síndrome hepatopulmonar (SHP), esta última caracterizada por: 1) oxigenação arterial anormal; 2) dilatação vascular intrapulmonar (DVIP); e 3) doença hepática grave, hipertensão portal (HP), ou shunt portossistêmico congênito. Há lacunas na literatura sobre o perfil dos pacientes candidatos ao LT que apresentam DVIP. Objetivo: avaliar a presença de DVIP, em indivíduos incluídos em lista de espera para LT, e suas características clínicas, laboratoriais, capacidade funcional e qualidade de vida. Método: estudo prospectivo, descritivo e qualitativo, envolvendo participantes em lista de espera para LT, no Hospital das Clínicas FMRP-USP entre junho de 2018 e julho de 2020. Os participantes foram submetidos a exames laboratoriais, espirometria, ecocardiograma, testes para avaliação de capacidade funcional (dinamometria, manovacuometria, teste de sentar e levantar e teste de caminhada) e os questionários de qualidade de vida Medical outcomes short-form health survey (SF-36) e Chronic liver disease questionnaire (CLDQ). Resultado: 159 pacientes foram inscritos em lista de espera para LT. Destes, 81 participantes foram incluídos no estudo. A mediana de idade foi de 55 anos, com 71,6% do sexo masculino. A presença de DVIP foi evidenciada em 73,5% dos participantes, e 37,7% receberam o diagnóstico de SHP. Maiores valores de pressão arterial parcial de oxigênio (PaO2) e maior distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6), além de menores valores de gradiente alvéolo-arterial (P(A-a)O2) e Borg referido no TC6 foram encontrados no grupo com DIVP, quando comparados àqueles sem DVIP ou com SHP. Maior frequência de encefalopatia hepática (EH), maiores valores de hemoglobina (HB) foram encontrados nos portadores de SHP, bem como, menor média de pressão expiratória máxima (PEmáx). Quando avaliada a qualidade de vida pelo questionário SF-36, maior percepção de dor foi relatada pelos portadores de SHP. Conclusão: A frequência de portadores de DVIP, em indivíduos em lista de espera para LT, no presente estudo, foi de 73,5%, com 37,7% apresentando critérios para SHP. Os participantes com SHP apresentaram maior frequência de EH, pior desempenho nos testes de capacidade funcional e maior percepção de dor, quando avaliada a qualidade de vida. Pesquisas futuras, se mostram necessárias para um melhor acompanhamento desses pacientes, bem como melhor entendimento do mecanismo fisiopatológico envolvido, e em qual momento esses pacientes deixam de apresentar hiperoxemia para evoluir com hipoxemia. |