Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Alvanhan, Rosângela Aparecida de Menezes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-07022025-180641/
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Resumo: |
Objetivo: Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo sobre as hepatites B e C na região de Londrina, Paraná, que inclui 19 municípios, com o objetivo de conhecer o perfil de morbidade e letalidade e a prevalência de marcadores sorológicos em hemofílicos, hemodialisados, portadores do vírus da imunodeficiência humana e em doadores de sangue. Métodos: Pesquisou-se dados secundários dos seguintes grupos populacionais: (1) doentes de hepatites B e C (n = 487) notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação, quanto aos aspectos relacionados às morbidade e letalidade; (2) grupos de risco hemofílicos (n = 22), hemodialisados (n = 238) e portadores do vírus da imunodeficiência humana (n = 192) e (3) doadores de sangue (n = 26938), quanto à prevalência de marcadores sorológicos desses agravos. Resultados: Evidenciou-se: 1) a presença de 400 casos de hepatite B, 86 de hepatite C e 1 de co-infecção de hepatite B e hepatite C, concentrados principalmente em Londrina, Cambé e Rolândia, com maior frequência de casos de hepatite B entre os 16 e 30 anos e de hepatite C entre 31 e 45 anos de idade. Predominava entre os pacientes baixa escolaridade e baixa qualificação profissional. O tratamento odontológico na hepatite B e o uso de drogas injetáveis na hepatite C foram as situações de risco mais freqüentes. Quanto à evolução clínica (cura, óbito e cronicidade), a ausência de respostas em 41,25% nas hepatites B e 62,80% nas hepatites C prejudicaram a análise dos dados. 2) Nos hemofílicos a prevalência de anti-HBc foi de 63,6% (14/22) e de anti-VHC foi de 77,3% (17/22). O grau de hemofilia estava associado a maior prevalência de anti-VHC e anti-HBc. Nos hemodialisados a prevalência de Ag HBs foi de 3,78% (9/238), a de anti HBs foi de 75,21% (179/238) e a de anti-VHC foi de 22,27% (53/238). O período de tratamento e o número de transfusões sangüíneas estavam associados à maior prevalência de anti-VHC. Os vacinados anti-hepatite B apresentaram menor prevalência de AgHBs. Nos portadores do vírus da imunodeficiência humana a prevalência de Ag HBs foi de 4,78% (9/188), de anti-HBc foi de 7,95% (147/76), de anti-HBs foi de 4,02% (7/174) e de anti-VHC foi de 13,75% (11/80). A situação de risco mais frequente foi o uso de drogas injetáveis. 3) Nos doadores de sangue, a prevalência de Ag HBs foi de 0,50% (135/26938), de anti-HBc foi de 7,90% (2128/26938) e a de anti-VHC foi de 0,47% (127/26938). Conclusões: Dentre os casos notificados, a hepatite B foi a que se apresentou com maior freqüência. Nos hemofílicos a prevalência de anti-HBc e de anti-VHC são consideradas altas. Nos hemodialisados e nos portadores do vírus da imunodeficiência humana a prevalência de Ag HBs é intermediária, enquanto que a de anti-VHC é alta. As prevalências de Ag HBs, de anti-HBc e a de anti-VHC nos doadores de sangue são baixas. Recomenda-se aprimorar o sistema de vigilância epidemiológica com vistas a melhorar a qualidade dos dados e realizar busca ativa de casos de hepatite B e C em todos os grupos estudados; estruturar o fluxo para confirmação diagnóstica e tratamento dos portadores crônicos; implementar a vacinação contra a hepatite B nos grupos de risco e as ações educativas de prevenção de infecções pelo VHB, VHC e VIH, especialmente enfocando a transmissão pelo uso de drogas injetáveis. |