Estudo da ocorrência da hepatite C no ambulatório de hepatites virais do Hospital das Clínicas da FMRP-USP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Soares, Raquel Mancini de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-18122012-135036/
Resumo: Foram estudados 151 doadores de sangue encaminhados pelo Hemocentro de Ribeirão Preto ao Ambulatório de Hepatites do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto em função de terem apresentado resultados foram positivos para hepatite C nos testes de triagem pré-doação, entre 2001 e 2010. Todos tiveram confirmação diagnóstica mediante uso de técnicas de biologia molecular. No momento de chegada ao Hospital foram entrevistados por uma assistente social ligada ao Núcleo Hospitalar de Epidemiologia, com o objetivo de caracterizá-los segundo variáveis sociodemográficas, estudar fatores de risco presentes e genótipos encontrados. Houve predominância de indivíduos do sexo masculino, com baixos níveis de escolaridade e de estratos sociais menos favorecidos, com idade mediana de 36 anos. Observou-se uma tendência decrescente de infectados ao longo dos anos estudados. O genótipo mais prevalente foi o 1 com percentual de 68,8%, seguido do genótipo 3 (27,0%). Os potenciais fatores de risco mais prevalentes foram história pregressa de hospitalização sem e com cirurgia, multiplicidade de parceiros sexuais no passado, convivência com usuários de drogas, contato com sangue em atendimentos a terceiros, múltiplos parceiros sexuais no presente e contato domiciliar com casos de hepatite. Também com elevadas frequências foram observados os seguintes fatores: antecedente de transfusão sanguínea, uso coletivo de escova de dentes, história de contato sexual com usuários de drogas, frequência a creches na infância e tatuagem. Uso passado de drogas injetáveis e compartilhamento de seringas e agulhas foram relatados por 15,2% e 9,9%, respectivamente. Conclui-se que deve ter ocorrido omissão de inúmeros fatores de risco por ocasião da triagem clínica, possivelmente indicativo do desejo de se utilizar o Banco de Sangue como controle da situação sorológica por parte de parte dos doadores.