Modos de ler e dizer do sujeito: paráfrase, gestos de interpretação e autoria nas licenciaturas em letras e pedagogia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Vaz, Marcia Celestini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-12062008-163129/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar os modos de ler e dizer de sujeitos, materializados em produções orais e escritas, de uma ambiência escolarizada de ensino superior e construir gestos de interpretação sobre tais produções para que suas marcas significantes possam ser relidas e reinscritas. Constrói-se a partir do diálogo entre ambiências escolares: de um lado o percurso acadêmico e profissional da pesquisadora (do qual decorre suas preocupações) funcionando como lente de análise sobre o que se conforma como, supostamente, o outro lado - textos escritos e orais de alunos de cursos de licenciatura em Letras e Pedagogia, em suas dinâmicas e estratégias de leitura e escrita. Por entre esses ditos, investiga-se a solidificação (e daí o produto) de práticas discursivas identificadas como marca (das) de (por) um processo amplo, complexo e longo de construção e legitimação de representações sobre a docência, sobre a leitura, a escrita, a linguagem. Tais representações encontram na instituição escola (de modo amplo) sua reprodução; nas posições subjetivas, sua assunção; nos discursos, seu acionamento; nos textos acadêmicos, sua materialização. Pesquisamos o mecanismo de retroalimentação que sustenta tais modos de ler e dizer em cursos de licenciatura, em ambiências escolares em seus vários níveis, nos discursos docentes e em suas práticas. Por intermédio da Análise de Discurso (AD) e das disciplinas que a conformam como área de conhecimento - a Lingüística, a Psicanálise e a História -, percorremos uma trilha investigativa que questionou por entre os produtos (os textos) os processos (os discursos) que determinam as práticas discursivas dos sujeitos da pesquisa. Para que discutíssemos as representações e seus modos de produção, para que o funcionamento linguageiro fosse mobilizado por entre paráfrases, gestos de interpretação e indícios de autoria, por entre essa complexa rede discursiva, recorremos ao imbricamento (próprio da AD) teórico, conceitual, discursivo. Dele resultante e de nossa investida analítica, propusemos, como efeito de nosso exercício de leitura, modos de ler e dizer de sujeitos que possam ser mobilizados em um outro exercício, o de reconfiguração discursiva, por parte de docentes, gestores, analistas de discurso, pesquisadores, com o objetivo de, por meio de nossas análises e propostas, a leitura e a escrita serem ressignificadas por todos os sujeitos que a ela conformam e por ela são constituídos. Para tanto, consideramos a tríplice aliança: o funcionamento linguageiro, o contexto de produção, as posições subjetivas, todos esses elementos conformando o sujeito em suas escritas e nem sempre conformando a leitura que dele se faz.