Manejo fisiológico com base em tratamento de sementes e aplicação de organominerais via foliar para sistemas de alto potencial produtivo de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Soares, Luís Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-04022014-152437/
Resumo: A produtividade de uma lavoura de soja representa apenas, aproximadamente, 20% do potencial genético. Dessa forma, a exploração das características genéticas tem sido alvo dos pesquisadores para incrementar a produtividade da cultura. Dentro disso, a potencialização fisiológica pela aplicação de estimulantes biológicos, desde a germinação das sementes até a fase reprodutiva da cultura, tem sido uma das principais estratégias adotadas. Visando um aporte à pesquisa nas respostas fisiológicas da cultura, objetivou-se avaliar os efeitos fisiológicos do tratamento de sementes e aplicações foliares de micronutrientes, hormônios e aminoácidos e o quanto estes representam na produção em sistemas de alta produtividade. Foram realizados dois experimentos, sendo um em casa de vegetação (condições parcialmente controladas) (Experimento I) e outro a campo (Experimento II) no Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Patos de Minas-MG, durante o período de janeiro a maio de 2013. Foram realizadas avaliações bioquímicas (atividade das enzimas nitrato redutase, urease, catalase, peroxidase e superóxido dismutase, peroxidação de lipídios e teor de prolina), fisiológicas (fotossíntese liquida) e fenométricas (emergência, índice de velocidade emergência, valor SPAD, taxa de crescimento de raiz, caule e folha, massa de matéria seca total e área foliar), além do número de vagens e da produtividade. Para o primeiro experimento, foram utilizados quatro tratamentos de sementes (controle; micronutrientes - Zn, Mn, B, Mo, Ni e Co; hormônios - ácido indol butírico, ácido giberélico e cinetina; e aminoácidos - ácido glutâmico, arginina, glicina, metionina e cisteína) com seis repetições em delineamento inteiramente casualizado. No segundo experimento, foram utilizados seis tratamentos de semente (controle; micronutrientes; hormônios; aminoácidos; micronutrientes e hormônios; e micronutrientes e aminoácidos) em dois sistemas de manejo: sistema convencional e sistema para produtividade potencial, com utilização de redutor de crescimento e aplicações periódicas de organominerais via foliar (doze tratamentos com quatro repetições em delineamento em blocos ao acaso). Com base nos resultados obtidos, conclui-se que: (i) o tratamento de sementes com micronutrientes potencializa a assimilação de nitrogênio e a fotossíntese líquida, e incrementa o teor de clorofila (valor Spad) e taxa de crescimento de plantas de soja; (ii) a utilização de aminoácidos ou hormônios reduz o nível de estresse das plantas durante o período inicial de crescimento e aumenta a produção de massa de matéria seca; (iii) o tratamento de sementes com micronutrientes, hormônios ou aminoácidos incrementa o teor de clorofila (valor Spad), (iv) o sistema para produtividade potencial potencializa a atividade fisiológica das plantas e, consequentemente, aumenta o número de vagens por planta e a produtividade em relação ao sistema convencional; (v) em sistema para produtividade potencial, o tratamento de sementes com micronutrientes é o mais responsivo (aumento de produtividade em 18,5%), e (vi) no sistema convencional, o tratamento com micronutrientes e aminoácidos aumenta a produtividade em 80%.