Análise do uso do plasma convalescente no desfecho da ventilação mecânica e exposição à manobra de prona em pacientes com infecção grave pelo SARS-CoV-2 (Covid-19) em um centro de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barrientto, Larissa Christina Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-03022023-145921/
Resumo: Introdução: Em dezembro de 2019, foi notificado o primeiro caso de infecção por um novo coronavírus (Covid-19) na China. Devido ao acometimento respiratório, 20% dos casos requer cuidados hospitalares. Uma alternativa promissora é a infusão de anticorpos provenientes de indivíduos convalescentes da Covid-19. Este estudo pretende avaliar o impacto da transfusão de plasma convalescente (PC) em pacientes com a forma grave da Covid-19 quanto ao desfecho ventilatório e a necessidade de pronação. Objetivos: Comparar os efeitos da administração do PC no emprego da mecânica ventilatória protetora, tempo de exposição em horas da manobra de prona, tempo de ventilação mecânica invasiva (VMI), internação em unidade de terapia intensiva/hospitalar e mortalidade. Desenho do estudo: estudo retrospectivo e observacional de 86 pacientes que participaram de um estudo prospectivo, randomizado e de intervenção, intitulado \"Plasma convalescente em alta dose para tratamento de infecção grave pelo SARS-CoV-2\". Resultados: Os grupos foram homogêneos quanto às suas características clínicas. A necessidade de VMI, tempo de desmame ventilatório e de internação foram semelhantes entre os grupos, entretanto, não houve diferença significativa em nenhuma dessas análises. A exposição à manobra de prona foi análoga nos dois grupos quanto a sua duração e sessões realizadas. Não houve diferença significativa quanto à taxa de óbito, embora o grupo que recebeu a transfusão do PC tenha evidenciado uma menor incidência. O número reduzido de pacientes incluídos neste estudo limitou os resultados quanto às diferenças observadas. Conclusão: A transfusão do PC não trouxe benefícios clínicos significativos quanto as variáveis propostas em comparação ao tratamento de suporte, mas também não apresentou piora no desfecho dessas análises.