Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Tarsila Mendes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-29112010-093241/
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Resumo: |
A cadeia produtiva do leite pode favorecer a contaminação por Listeria monocytogenes bem como outras espécies de Listeria sp, e o leite cru pode servir de fonte de contaminação para a indústria e subprodutos. Fatores como saúde do animal, ordenhador, boas práticas de manejo e limpeza adequada de equipamentos e utensílios garantem um leite de melhor qualidade e com baixa contagem de coliformes. A refrigeração do leite é um aspecto importante implementado pela IN 51, na qual o leite cru deve permanecer a 4ºC na propriedade leiteira em tanques ou a 7ºC em latões, porém a esta temperatura pode ocorrer a proliferação de microrganismos psicrotróficos como as espécies de Listeria sp. Três Regiões A, B e C com 25 propriedades fornecedoras de leite para cada região foram caracterizadas por meio da aplicação de um questionário e avaliadas quanto à presença de Listeria monocytogenes, coliformes totais e E. coli em leite cru e avaliadas quanto a presença de Listeria sp em ambiente de ordenha. Foram avaliadas 287 amostras de leite cru, 10 Mechas de Moore e 49 amostras ambientais. As análises foram feitas de acordo com protocolo preconizado pelo FDA descrito no Bacteriological Analitycal Manual (BAM), com enriquecimento em BLEB e plaqueamento em meios Oxford e ALOA. A confirmação dos isolados foi feita em Kit Api Listeria. Das 75 fazendas estudadas, 77,3% (n=58) apresentaram condições insatisfatórias de produção de leite, higienização de equipamentos e infra-estrutura; 20% (n=15) em condições regulares e apenas 2,7% (n=2) em condições satisfatórias. Quanto à enumeração de coliformes totais, nas regiões A, B e C, as amostras de leite apresentaram 86% (n=85), 75% (n=71) e 72% (n=66) de contagens acima de 103 NMP/mL, respectivamente e E. coli esteve presente em 66% (região A) , 66% (região B) e 49% (região C) das amostras. Das amostras de leite cru em relação à presença de L. monocytogenes todas foram negativas. Das mechas de Moore todas foram negativas para Listeria sp e as amostras do ambiente de ordenha foram positivas em uma propriedade da região C em dois pontos, sendo eles: ralo e chão de ordenha representando 4,44% das amostras ambientais, sendo os isolados pertencentes à espécie Listeria innocua. Nas duas cepas foram feitas a análise por sorotipagem pela Fio Cruz/RJ e o resultado foi de sorotipo 6a e 6b. No ralo de ordenha foram testadas duas colônias sendo encontrados dois sorotipos diferentes 6a e 6b indicando a presença de dois sorotipos em uma mesma amostragem e no piso da sala de ordenha as duas colônias testadas foram do sorotipo 6a. Embora não tenha sido detectada a presença de L. monocytogenes, a presença de L. innocua nas amostras pode indicar presença presumida de L. monocytogenes visto que as mesmas apresentam características fisiológicas semelhantes e podem ocorrer no mesmo ambiente. Quanto à produção do leite, apesar da vigência da IN 51, as regiões estudadas ainda encontram-se, em geral, em condições precárias e são necessárias muitas mudanças para se obter um leite de melhor qualidade. |