Qualidade de vida acadêmica: um estudo sobre o bem-estar subjetivo de estudantes em relação à vida na universidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinheiro, Daniel Augusto de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-11092023-123829/
Resumo: Esta pesquisa, é de cunho quantitativo, e tem por objetivo investigar a qualidade de vida na universidade, junto a uma amostra de estudantes da graduação e pós-graduação da Universidade de São Paulo. Por integrar o estudo maior, intitulado Limites e possibilidades para o bem viver de estudantes negros em instituições de ensino superior, usou os dados provenientes do questionário aplicado, para descrever, analisar e associar os índices de Bem-Estar Subjetivo (BES) dos estudantes, frente aspectos sociodemográficos e as experiências de vida na universidade. Na primeira etapa, levantou-se o quantitativo e o percentual da amostra, para depois tratar e analisar os dados com o auxílio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 27, o que permitiu identificar índices de satisfação com a vida, afeto positivo e afeto negativo, assim como, o nível de BES por estudante. Na segunda etapa, realizou-se a associação de resultados entre algumas variáveis, com a intenção de caracterizar a qualidade de vida acadêmica (QVA), a partir do perfil dos estudantes e das multidimensões da vida na universidade. Com os resultados da primeira etapa, acerca do perfil da amostra, foi constatado que os estudantes não heterossexuais, com transtorno mental, que estão namorando e ingressos por meio das ações afirmativas, apresentaram os menores níveis de BES. Em relação às questões de vida na universidade, os níveis mais baixos de BES foram dos estudantes que declararam sim, faço uso de algum tipo de substância psicoativa, usam diariamente estas substâncias, nunca praticam exercícios físicos, não fez intercâmbio, os participantes matriculados em cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas e os que informaram Não recebo bolsa ou auxílio pela universidade. Na etapa de discussão dos resultados, foi evidenciado que as priores avaliações sobre a qualidade de vida, estão associados ao perfil de mulheres negras ingressas na universidade por ação afirmativa. Acerca das questões que dizem respeito à vida na universidade, estão associadas aos estudantes que usa substância psicoativa e não faz exercício, os que estiveram frequentemente ou sempre envolvidos/testemunhado/conhecimento por terceiros de situação de discriminação ou preconceito étnico-racial na universidade e dentre os que recebem bolsa ou auxílio, os matriculados em cursos da área de ciências sociais aplicadas. Uma vez que o BES caracteriza a dimensão subjetiva da qualidade de vida, o grau de satisfação com o domínio da vida na universidade definirá a QVA. Desta forma, entende-se que a expressiva insatisfação dos estudantes com a qualidade geral de suas vidas, está relacionado a ausência de experiências que gerem emoções positivas no contexto pessoal e acadêmico.