Efeito do carotenoide licopeno no metabolismo ósseo e na atividade funcional de células da linhagem osteogênica de ratas ovariectomizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Semeghini, Mayara Sgarbi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58138/tde-28062019-113137/
Resumo: A osteoporose é uma doença silenciosa caracterizada pela diminuição da massa óssea levando à morbidade e alto risco de fratura. A sua incidência é maior em mulheres após a menopausa devido à mudanças hormonais, assim como propensão genética e hábitos de vida como sedentarismo, alcoolismo, tabagismo e alimentação inadequada. Além de alimentos ricos em cálcio que favorecem a manutenção da massa e densidade óssea, existem outros nutrientes que podem influenciar na prevenção de doenças associadas com o metabolismo ósseo, como os carotenoides. Entre os carotenoides, o licopeno tem sido associado a estes efeitos principalmente devido à suas propriedades antioxidantes. Assim, o objetivo desta investigação foi realizar estudos in vivo e in vitro sobre o efeito do licopeno no metabolismo ósseo de ratas osteoporóticas. Ratas Wistar foram ovariectomizadas e pareadas com animais sham. As avaliações in vitro foram realizadas após 60 dias da cirurgia, quando as células foram cultivadas em meio osteogênico e divididas em grupos controle (sham), ovariectomizado (Ovx) e ovariectomizado + 1 µmol/L de licopeno (Ovx/Lic). Após os períodos experimentais, foram avaliados proliferação celular, detecção in situ de fosfatase alcalina, mineralização e expressão quantitativa de genes associados ao metabolismo ósseo. Além disso, os estudos in vivo foram realizados para avaliar a remodelação óssea por meio de parâmetros tomográficos, histomorfométricos e estereológicos após a ingestão diária de 10 mg/kg de licopeno por 60 dias após a ovariectomia. Todos os dados quantitativos foram analisados por meio de teste estatístico ANOVA com significância para p ≤ 0.05. Os resultados in vitro mostraram que a presença do licopeno favoreceu a proliferação celular e a detecção in situ de ALP em estágio tardios das culturas, assim como promoveu um aumento significativo na deposição de nódulos mineralizados. O licopeno também aumentou a expressão dos genes Alp, Runx2, Bglap e Bmp4, além de diminuir a razão Rankl/Opg quando comparado ao grupo Ovx. Os experimentos in vivo mostraram que a administração oral do licopeno promoveu uma significativa manutenção do volume tecidual e volume ósseo na epífise femoral, assim como do trabeculado ósseo e quantidade de osteócitos. Os resultados sugerem que o licopeno pode beneficiar o metabolismo do tecido ósseo associado à osteoporose