Concentração de potássio em meio de cultura e em explantes de cenoura (Daucus carota L) e diferenciação celular in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Ferrão, Gregori da Encarnação
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-20191108-125116/
Resumo: Visando compreender como o potássio (K+1) afeta o comportamento de explantes em cultura de tecidos, dois aspectos relacionados com o suprimento de K+1, utilizando plantas matrizes de cenoura (Daucus carota L.), foram investigados neste trabalho. Em primeiro lugar, as matrizes das quais foram extraídos os explantes foram tratados por durante 60 dias com solução nutritiva contendo níveis limitantes e excessivos, comparados com o nível ideal de potássio, para o crescimento vegetal. Em segundo lugar explantes extraídos das matrizes de cenoura tratadas foram cultivadas em meio de cultura de Murashige e Skoog (1962), contendo varáveis níveis de potássio para testar se, as insuficiências de K+1 dos explantes inoculados, podem ser corrigidos pelo potássio fornecido no meio de cultura. A variação na indução de calogênese e na diferenciação celular na forma de embriogênese somática foram avaliados. O K+1 como nutriente nos explantes e no meio de cultura afeta a calogênese linearmente até concentrações de potássio correspondentes a duas vezes a concentração presente na solução nutritiva de Sarruge e no meio de cultura de Murashige e Skoog. O efeito foi dependente da duração do tratamento com solução nutritiva. Explantes extraídos de matrizes tratadas por 60 dias, além de produzir maior massa de calos, também apresentam maior resposta ao aumento nos níveis de K+1 na solução nutritiva e no meio de cultura. Os resultados para diferenciação celular, com base no número de plantas regeneradas por explante, não apresentou um padrão de resposta conclusivo. Entretanto pode ser observado tendência de maior regeneração de plantas, tanto nas células de calos induzidas em baixas concentrações, como nas altas concentrações de K+1 nas soluções nutritivas como nos meios de cultura utilizados nos tratamentos. Entretanto a análise de diferenciação, na forma de taxa de diferenciação celular (número de plantas regenerada/massa seca ou fresca de calos) evidencia a ocorrência de maiores taxas de regeneração de plantas para tratamentos contendo tanto baixas como altas concentrações de K+1 na solução nutritiva e no meio de cultura, principalmente nos tratamentos de 60 dias de duração, exceto o tratamento com 1/4 X de K+1 da solução nutritiva. A análise da diferenciação celular por este critério evidencia que células de calos induzidos em explantes tratados com baixos níveis de K+1 (menor calogênese) são mais morfogênicos do que aqueles induzidos com altos níveis de K+1. A análise da fosfoenolpiruvato carboxilase (PEPC) foi proposta neste trabalho como uma maneira de explicar como os carbonos e a energia contida no fosfoenolpiruvato (PEP), formado durante a glicólise, são transferidos para o ciclo de Krebs, para geração de energia e esqueletos carbônicos que suportam o crescimento e diferenciação celular, sabendo que, a piruvato quinase (PK) que converte o PEP a piruvato é inativada em baixas concentrações de K+1. A atividade da PEPC foi inversamente proporcional com a concentração de K+1 na solução nutritiva usada no tratamento das plantas matrizes, principalmente nos tratamentos de 60 dias de duração. A variação dos níveis de K+1 no meio de cultura não afetou conclusivamente a atividade da PEPC.