Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Leandro Henrique da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11062013-121725/
|
Resumo: |
O objetivo principal desta dissertação consiste no conhecimento das desigualdades socioespaciais de São Bernardo do Campo desencadeadas pelo processo de divisão internacional e territorial do trabalho. As desigualdades sociais e territoriais visíveis na paisagem desse município localizado na Região Metropolitana de São Paulo constituíram a razão motivadora para investigar como ocorreu o processo de especialização geográfica das atividades ligadas à presença de indústrias automobilísticas e quais benefícios essa divisão territorial do trabalho trouxe a maioria da população. O método pelo qual a realidade foi reconstituída teve como base o espaço geográfico, isto é, uma indissociabilidade contraditória entre sistemas de objetos e sistemas de ações. A partir disso, formou-se um sistema de conceitos concebido pelas categorias de análise, como: divisão do trabalho, território usado, técnicas, normas e as relações entre o mundo e os lugares, juntamente com os novos recortes territoriais baseados nas verticalidades e horizontalidades a fim de analisar como os eventos presentes no mundo se relacionam com os lugares. Nesse sentido, o processo de divisão internacional do trabalho, conhecido como a repartição dos recursos no planeta, serviu de ferramenta analítica para reconhecer como as intencionalidades de empresas de origem global atuam na formação da divisão territorial do trabalho ligadas a lógicas privadas. A instalação de empresas como: Volkswagen, Toyota, Scania, dentre outras em São Bernardo do Campo, representaram o mundo diretamente em pontos do território brasileiro. Desse modo, foi possível revelar usos desiguais do território pelas empresas, sobretudo multinacionais do setor automobilístico, em relação ao conjunto da população. Tal processo figurou como a raiz das desigualdades socioespaciais, em que a fragmentação e a seletividade territorial atenderam e continuam a oferecer privilégios a empresas e instituições. Com a análise dos tipos de uso do território pela divisão internacional e territorial do trabalho em São Bernardo do Campo foi possível visualizar um novo meio geográfico em pleno processo de transformação. A competitividade entre empresas, a desvalorização do trabalho, com subutilização da mão de obra, além de novas formas de produção, justificaria um novo campo de estudos da Geografia intitulado: geografia do trabalho. Entretanto, para confrontar esse novo campo de estudos foi proposto a investigação da realidade através da expressão territorial do trabalho. O uso do território, portanto, pelo mundo do trabalho consistiu no recurso de método dessa pesquisa em contraposição a geografias particulares. |