Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Simone Assis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-31082016-131744/
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Resumo: |
Introdução: Uma das importantes causas de morbidade e mortalidade relacionadas aos cuidados na assistência continua sendo as infecções, conhecidas como Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Dentre elas, inclui-se a gastroenterite que é uma infecção causada por bactérias, vírus ou protozoários. Uma gastroenterite que tem dispertado atenção como IRAS, são as noroviroses causadas pelo Norovirus Humano (HuNoV). Esta apresenta alta infectividade a partir do baixo inóculo, alto potencial patogênico acometendo indivíduos sadios e persistência no ambiente. No contexto de precauções padrão, deve-se admitir a presença de indivíduos infectados por HuNoV nos Serviços de Saúde (SS), sintomáticos ou não. O HuNoV é eliminado para o ambiente a partir dos disseminadores por meio do vômito e fezes que na maioria das vezes contamina o piso. Nesse sentido, as superfícies hospitalares contaminadas por estas matérias orgânicas, têm merecido atenção dos controladores de infecção no que diz respeito à transferência deste para o ambiente. A padronização do cuidado seguro do local onde houve a contaminação pelo material fecal ou vômito torna-se de fundamental importância para evitar contaminação cruzada, que pode facilmente resultar em surtos. Embora o Centers for Disease Control and Prevention (2003) recomende apenas a limpeza para piso, justificado por ser uma superfície onde as mãos dos profissionais não tocam durante os procedimentos assistenciais, não existe um consenso quando se trata de vômito e fezes como dejetos derramadas no piso, surgindo a polêmica da necessidade de também usar desinfetantes em função do HuNoV. Objetivo: Evidenciar a necessidade do uso de desinfetante no piso após a limpeza para prevenir a transferência de HuNoV para o ambiente a partir de vômito e fezes de pacientes presumivelmente contaminados. Método: Trata-se de uma Revisão Sistemática (RS) cujo procedimento metodológico, seguiu as recomendações do Manual da Colaboração Cochrane sendo relatada de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis - PRISMA. A busca das evidências, foi realizada nas bases de dados Cochrane Library, BVS, Medline, Web of Science e Cinahal, acessando artigos publicados e indexados sem restrição de idiomas e de período, até fevereiro do ano de 2015. Foram utilizados descritores oficiais e adaptados de diferentes bases de dados e sua combinação foi realizada por meio do operador booleano AND e OR. Resultados: Após a leitura dos títulos, resumos e textos na íntegra por duas avaliadoras, selecionaram-se três estudos. Os dados foram sintetizados e apresentados de forma descritiva por meio de quadros e tabelas. Ressalta-se que para estudos laboratoriais, não existem checklist específicos para avaliar a qualidade das evidências, por isso, foi utilizado o sistema Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation - GRADE. A análise da adequação dos delineamentos do estudo para o objeto da presente RS, assim como presença de vieses, foram independentemente julgados por três especialistas no método e no assunto, seguida de uma discussão grupal em busca de consenso. Conclusão: Essa revisão confirmou por meio dos estudos encontrados a necessidade da utilização do desinfetante posteriormente a limpeza, para eliminar o HuNoV. No entanto, considerando a possibilidade da sobrevivência do HuNoV decorrente das práticas atuais não seguras da desinfecção do piso, essa RS não encontrou dados suficiente se HuNoV residuais terão a capacidade de aerolizar contaminando superfícies tocadas ou o ar, havendo risco destes serem deglutidos o que terá que ser respondida em pesquisas futuras. |