Área velofaríngea e escape de ar nasal nas condições com e sem prótese de palato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Netto, Cristianne Chiquto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-26042016-102947/
Resumo: Introdução: Embora a avaliação perceptivo-auditiva seja reconhecida como padrão ouro na avaliação clínica da fala de pacientes com fissura palatina e/ou disfunção velofaríngea (DVF), ela pode ser influenciada por inúmeros fatores, dada a sua subjetividade. A avaliação instrumental, como a técnica fluxo-pressão, pode complementar os achados de fala e da função velofaríngea em indivíduos que utilizam prótese de palato com obturador faríngeo para o tratamento da DVF. Objetivos: Descrever e comparar os resultados das medidas da área velofaríngea, por meio da técnica fluxo-pressão, e do julgamento da ocorrência do EAN durante a repetição de palavras com a consoante p e da emissão da palavra papai, durante a realização do Teste de Emissão de Ar Nasal (TEAN), nas condições com e sem prótese de palato e verificar a relação entre a ocorrência do EAN e a classificação da função velofaríngea, nas condições com (CP) e sem (SP) prótese de palato. Material e Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal de uma amostra de conveniência de 94 pacientes com diagnóstico de insuficiência velofaríngea que utilizavam prótese de palato com obturador faríngeo. A classificação do tipo de função velofaríngea (adequada, adequada-marginal, marginal-inadequada e inadequada) foi realizada a partir da medida da área velofaríngea obtida pela técnica fluxo-pressão, durante a produção da consoante p inserida na sílaba pa. Foram coletados dos prontuários dos pacientes os resultados do julgamento da ocorrência (presença/ausência) do EAN durante a repetição de palavras com p e da emissão da palavra papai do TEAN, nas condições sem e com prótese de palato. Resultados: A medida da área velofaríngea e o julgamento da ocorrência do EAN mostraram-se significativamente menores na condição CP. Entretanto, a prótese conseguiu eliminar o EAN em 63,9% dos pacientes, quando se toma a emissão de palavras com a consoante p na avaliação articulatória para comparação, e eliminá-lo em 50% deles quando se toma a emissão da palavra papai do TEAN. Com a prótese, 56,4% pacientes apresentaram função velofaríngea adequada e 43,6% função velofaríngea diferente da adequada (adequada-marginal = 5,3%, marginal-inadequada = 5,3%, inadequada = 33%). Conclusões: As medidas da área velofaríngea obtidas por meio da técnica fluxopressão diminuem significativamente quando o paciente faz uso da prótese (condição com prótese), revelando que a prótese pode melhorar a função velofaríngea para a fala; embora a ocorrência do escape de ar nasal (EAN) na produção da consoante p demonstre ser menor com a prótese, tanto no julgamento pela modalidade auditiva quanto pela visual, a modalidade visual parece ser mais sensível para identificar a ocorrência do escape;o EAN demonstrou ter relação direta com a função velofaríngea, uma vez que apresentou-se ausente em uma função velofaríngea adequada (condição com prótese) e presente em uma função velofaríngea inadequada (condição sem prótese). Contudo, esta relação pode estar susceptível à interferência de muitos fatores que podem influenciar positivamente ou negativamente a ocorrência do EAN na função velofaríngea.