Palacete paulistano : o processo civilizador e a moradia da elite do cafe (1867-1914-18)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Homem, Maria Cecilia Naclério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16131/tde-20241009-092329/
Resumo: A sobreposicao do processo civilizador urbano sobre o brasil agrario, com raizes na tradicao colonial escravocrata, levou a mudanca dos costumes e com ela, dos usos da casa, surgindo um novo morar. Na cidade de sao paulo, assistiu-se a esse movimento, desde o terceiro quartel do seculo passado, gracas a sua participacao na chamada divisao internacional do trabalho, proporcionada pela economia de exportacao baseada na monocultura do cafe e comandada a nivel nacional pelos fazendeiros e demais empresarios do cafe. Trabalhou-se com a casa mais rica e ampla da cidade, partindo da habitacao das familias escravocratas, isto e, do sobrado e da chacara semi-rural. Algumas familias de empresarios do cafe que ai residiam passaram a viver em palacetes, tipo de habitacao luxuosa que se multiplicou pela cidade a partir de fins do seculo. A ferrovia representou o inicio de um processo que levou a uma nova morada, instigando e resolvendo a interrupcao do morar anterior. A abolicao da escravidao constituiu um corte com referencia ao modo de vida tradicional; foi o grande marco divisorio entre o binomio sobrado-chacara, de um lado, e o palacete, de outro. Captou-se a transicao do morar tradicional ao urbano, por sua vez, caracteristico das cidades industriais europeias do sec. XIX