Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1992 |
Autor(a) principal: |
Homem, Maria Cecilia Naclerio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16131/tde-16092024-093309/
|
Resumo: |
A sobreposição do processo civilizador urbano sobre o Brasil agrário, com raízes na tradição colonial escravocrata, levou à mudança dos costumes e com ela, dos usos da casa, surgindo um novo morar. Na cidade de São Paulo, assistiu-se a esse movimento, desde o terceiro quartel do século passado, graças a sua participação na chamada divisão internacional do trabalho, proporcionada pela economia de exportação baseada na monocultura do café e comandada a nível nacional pelos fazendeiros e demais empresários do café. Trabalhou-se com a casa mais rica e ampla da cidade, partindo da habitação das famílias escravocratas, isto é, do sobrado e da chácara semi-rural. Algumas famílias de empresários do café que aí residiam passaram a viver em palacetes, tipo de habitação luxuosa que se multiplicou pela cidade a partir de fins do século. A ferrovia representou o início de um processo que levou a uma nova morada, instigando e resolvendo a interrupção do morar anterior. A abolição da escravidao constituiu um corte com referência ao modo de vida tradicional; foi o grande marco divisório entre o binômio sobrado-chacara, de um lado, e o palacete, de outro. Captou-se a transição do morar tradicional ao urbano, por sua vez, característico das cidades industriais europeias do séc. XIX. |