Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Melo, Seane Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-19092016-155529/
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Resumo: |
Quais as definições do jornalismo investigativo no Brasil? Na prática profissional, o que o distingue do jornalismo de modo geral e de outras especialidades da área? Quais os critérios de consagração de um jornalista como repórter investigativo? Essas e outras questões estão no seio desta pesquisa que busca identificar as condições de possibilidade da emergência dos discursos sobre o jornalismo investigativo em nosso país e, principalmente, esclarecer as apropriações que foram feitas a partir deles. Nosso intuito era compreender as definições de jornalismo investigativo que têm sido trabalhadas na bibliografia nacional à luz das disputas que tomam forma no interior do campo jornalístico. Partimos da análise de obras teóricas sobre o tema, de coletâneas de reportagens investigativas e de fontes documentais (como resultados de premiações, dados de associações etc.) para levantarmos definições, referências e apropriações do discurso do \"jornalismo investigativo\" em nosso país. Ao longo da pesquisa - que se focou na análise de obras publicadas principalmente entre 1970 e 2010 - conseguimos identificar três eixos nos quais as definições de JI poderiam ser divididas (um com foco no papel ativo do jornalista, outro com foco na função de denúncia e um terceiro que considera o jornalismo investigativo um pleonasmo) e, pelo menos, três usos diferentes dessa especialidade jornalística: ora ela aparece como sinônimo de grande reportagem, ora está identificada com o jornalismo policial e, após a redemocratização e a profissionalização do jornalismo brasileiro, ela será mais identificada com o escândalo político. Argumentamos que cada um desses deslocamentos de sentido, que por vezes são muito sutis e não necessariamente lineares, podem ser entendidos como posicionamentos diante de acontecimentos e transformações que ocorreram no período: o fim da censura prévia e o início da abertura política do regime militar, o crescimento do papel das Relações Públicas e das assessorias de imprensa, as regulamentações profissionais e o desenvolvimento do ensino de jornalismo, bem como as reformas editoriais em grandes veículos de comunicação. Compreendendo essas disputas e tendo em vista as transformações que as novas mídias estão promovendo no campo, defendemos uma nova compreensão do jornalismo investigativo, em termos de sua posição em relação à esfera do poder, que recusa os critérios puramente baseados nos métodos de apuração ou nos seus efeitos. |