Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Melo, Seane Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/26273
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Resumo: |
Apesar de o jornalismo investigativo dispor de um número significativo de definições, manuais e discussões na bibliografia nacional e internacional – que buscam diferenciá-lo principalmente a partir do argumento da técnica investigativa –, o que é consagrado como jornalismo investigativo no Brasil sugere um terreno fértil para o estudo de disputas por legitimidade no campo profissional do jornalismo. Esta tese aborda as mudanças, sobretudo discursivas, observadas na subcultura profissional do jornalismo brasileiro para propor a reconstituição de duas matrizes discursivas do jornalismo investigativo: uma matriz policial e uma política. Privilegiando o estudo da segunda, elegemos a Operação Lava Jato como um ponto de observação para indagar sobre as relações do jornalismo com o campo político e a democracia no Brasil. A partir da exposição de perfis de jornalistas investigativos brasileiros e da análise de conteúdo de publicações no site de redes sociais Twitter de 15 profissionais que atuaram na cobertura da Operação, em 2015 e 2016, tentamos compreender os atos de linguagem que norteiam a atuação dos profissionais de imprensa e como a subcultura profissional fortalece a tese da corrupção endêmica no Estado brasileiro. Como resultado, concluímos que a ênfase em denúncias de corrupção é tanto consequência de uma corrente de pensamento sobre a formação política nacional que alimenta uma estadofobia, quanto uma estratégia de disputa profissional a partir da qual os jornalistas e as empresas midiáticas podem se reafirmar como defensores legítimos da democracia. |