Aquisição e processamento de dados morfométricos derivados do modelo digital de elevação SRTM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Steiner, Samar dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-13082007-105223/
Resumo: Os dados de SRTM são distribuídos com resolução espacial de 1arcsec (aprox. 30m) para áreas dentro dos EUA e de 3arcsec (aprox. 90m) para o resto do mundo. A resolução de 90m pode ser considerada apropriada para a análise em escalas pequenas e médias, mas é demasiadamente grosseira para trabalhos em detalhe. Uma alternativa para esta questão é a reamostragem do modelo SRTM; o processo não aumenta o nível de detalhe do modelo digital de elevação (MDE) original, mas conduz a uma superfície em que há uma maior coerência angular (isto é, declividade, orientação) entre pixels vizinhos, característica esta importante por se tratar da análise de terreno. O objetivo deste trabalho é mostrar como o ajuste apropriado do variograma e de parâmetros de krigagem (efeito da pepita e da distância máxima) podem ser utilizados nos valores que são empregados na interpolação visando obter resultados de qualidade na reamostragem de dados de SRTM de 3arcsec para 1arcsec. A análise morfométrica é utilizada como uma ferramenta auxiliar em estudos geológicos. O avanço dos sistemas de informação geográfica (SIG) e a disponibilidade de MDE\'s globais trouxeram maior agilidade e confiabilidade na avaliação dos parâmetros associados à superfície topográfica. Este trabalho faz uma comparação entre dois pacotes SIG mais utilizados na produção e Processamento de dados morfométricos, o projeto livre GRASS-GIS, e o software proprietário ESRI ArcGISTM. Foram analisados os parâmetros morfométricos como declividade, orientação de vertentes, rugosidade de terreno e superfícies de isobase. Os dados da elevação de SRTM 3arcsec foram reamostrados para 1arcsec e são utilizados como base para derivação dos parâmetros morfométricos. Os mapas de declividade e de orientação de vertentes produzidos pelo GRASS-GIS e pelo ArcGIS são equivalentes. O mapa de isobase mostrou diferenças significativas. As características principais podem ser identificadas em ambos os produtos, porém o mapa GRASS apresenta formas mais suaves e contornos mais naturais, enquanto o mapa gerado pelo ArcGIS mostra uma superfície com ruídos e diversas quebras bruscas. Este problema pode ser devido às diferenças de métodos de interpolação e à distribuição espacial dos dados, aglomerados ao longo das linhas de drenagem. No GRASS, a rugosidade de terreno pode ser facilmente calculada, enquanto no ArcGIS o usuário deve executar diversas operações. Ao contrário dos mapas de isobase, os mapas de rugosidade produzidos por ambos os software são muito similares, em função da provável distribuição regular dos pontos usados na interpolação. Se considerarmos todos os fatores que intervêm na qualidade dos produtos gerados como variograma, parâmetros de krigagem, a resolução do DEM, o valor de acumulação do fluxo e o método de interpolação, os mapas morfométricos produzidos serão equivalentes a um mapa interpretado manualmente por um especialista.