O Estado Israelita na Exegese Bíblica de Dom Isaac Abravanel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Golovaty, Alexandre Gruenberg
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8164/tde-04112021-220732/
Resumo: A presente dissertação identifica na exegese bíblica de Dom Isaac Abravanel (1437-1508) elementos de um Estado preconizado para os israelitas no período bíblico. Seguindo seu longo comentário/sermão ao livro de Deuteronômio 16:18-20 e 17:8-20, tem-se um Estado constituído por tribunais e seus juízes, profetas e, eventualmente, um rei. Abravanel mostra-se extremamente crítico à opção pela monarquia, defendendo que, para os israelitas, o rei era absolutamente dispensável. A partir deste ponto, desenvolve um longo sermão em que defende alternativas de sistemas de governo às monarquias nacionais europeias. Abravanel as conheceu de perto como homem de Estado. Serviu diretamente aos reis Afonso V, de Portugal, e ao casal Fernando de Aragão e Isabel de Castela, na Espanha, como Ministro das Finanças. E soube usar sua experiência e conhecimento no desenvolvimento de uma filosofia política que vai desde a concepção do ser humano em seu estado de natureza, abordando a origem da dominação e perda da igualdade entre os homens, estabelecimento de estruturas de poder e submissão das vontades individuais, o processo civilizatório e o direito de resistência de um povo perante o tirano.