Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fernando Cândido da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/93423
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Resumo: |
Esta dissertação objetiva estudar os conflitos proféticos no Antigo Testamento, especialmente os caracterizados em Mq 2,6-11; 3,5-8 e Is 28,7-13. Ao fundamentar-se teoricamente nas noções de campo e habitus de Pierre Bourdieu, a análise coloca o problema de forma distinta da historiografia bíblica. Ao invés de tratar do “falso profetismo” e suas implicações teológicas, a pesquisa opta por buscar as bases sociais da polêmica profética: Isaías e Miquéias produzem seus discursos de um lugar específico no campo religioso na Judá do século VIII a.C. e é este ponto de vista diferente – entre profetas canônicos e nebî’îm – que produz a disputa pela palavra profética. Diferentemente da História Deuteronomista (Js-Re) e de Jeremias, nos textos proféticos do século VIII o leitmotiv dos conflitos não é a mentira (sheqer), mas a crítica às autoridades que exercem a liderança de forma irresponsável no nível sócio-político. Para Miquéias e Isaías, os nebî’îm estão sob a influência de bebida alcoólica e só pensam no seu próprio bem-estar. O lugar de descanso para os pobres (hammenûhah) não é a prioridade dos nebî’îm, afinal estes falam em favor dos poderosos de Judá. Eis a base da polêmica em Miquéias e Isaías: o habitus que origina suas visões de mundo é diverso daquele que sustenta as pregações dos nebî’îm. Isso resulta em grupos de suporte diferentes e, por fim, em projetos sociais divergentes. |