Incorporação de indicadores de viabilidade econômica no zoneamento agrícola de risco climático para sistemas de integração lavoura-pecuária no estado de Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Kamoi, Mariana Yumi Takahashi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-08112022-160545/
Resumo: Uma das especificidades da atividade agropecuária é a dependência com a natureza, que confere rigidez ao processo produtivo, aumentando o risco a que esse setor está sujeito. O objetivo deste trabalho foi estabelecer um protocolo inédito de análise de risco associando informações econômicas e de produção às janelas de plantio geradas pelo ZARC, para sistemas de integração lavoura-pecuária, em Mato Grosso. Como primeira aproximação o protocolo foi criado e validado em um sistema de produção de soja com sucessão de milho, em Primavera do Leste- MT e Sorriso- MT. Para cada local foi criado um fluxo de caixa de 13 anos (2007-2020), no qual os indicadores de viabilidade econômica variaram de acordo com a época de semeadura da soja e milho. Utilizando esses sistemas foram analisados três cenários: Cenário 1. Produtor que não realizou gestão risco na propriedade; Cenário 2. Produtor que escalonou a venda de soja e Cenário 3. Produtor que realizou a adesão de seguro de faturamento para o milho nos últimos 4 anos. Na segunda parte deste trabalho, considerou-se que em duas propriedades de pecuária exclusiva seriam implementados dois modelos de integração lavoura-pecuária: soja com sucessão de consórcio milho-braquiária e soja com sucessão de braquiária, em diferentes proporções (25%, 50% e 75% de ILP na propriedade). O foco foi estimar a produtividade pecuária juntamente com os rendimentos de grãos por meio de dois modelos distintos. Para a pecuária um modelo de simulação de produção de forragem foi acoplado a um modelo de déficit acumulado para estimativa da taxa de lotação crítica. Os principais achados para o sistema soja e milho, foram a diferença entre os decêndios de semeadura que resultam em maiores rendimentos de grãos (soja semeada no final de outubro, decêndio 30, e milho semeado no primeiro decêndio do ano, decêndio 01, para ambos os municípios) e a combinação de decêndios que resultam nos melhores indicadores de viabilidade econômica (D29 para a soja e D05 para o milho). A estratégia de escalonar a venda da soja torna o sistema economicamente atrativo, enquanto o benefício do seguro de faturamento, em ambas as regiões, é menos observado nos indicadores por ter sido considerado em apenas 4 dos 13 anos analisados. Para os sistemas de integração lavoura-pecuária se observou que os modelos utilizados se mostraram capazes de captar o acentuado déficit hídrico, a sazonalidade forrageira e as diferentes datas de semeadura. Especialmente nos meses de seca, o principal benefício da ILP em uma região de Cerrado, é que o produtor conseguiria manter seu rebanho.