Fatores de risco, manejo, e evolução tardia após primeiro infarto agudo do miocárdio: um estudo de mundo real comparando coortes de mulheres e homens na rede colaborativa TriNetX para elaboração de protocolo educativo institucional.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Guida, Camila Mota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-23102024-163310/
Resumo: Introdução: Estudos de coorte internacionais têm consistentemente demonstrado ao longo das últimas décadas um prognóstico desfavorável em pacientes do sexo feminino após o primeiro infarto agudo do miocárdio. No entanto, dados nacionais sobre esse tema são limitados. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo comparar coortes nacionais de homens e mulheres hospitalizados devido ao primeiro infarto agudo do miocárdio, examinando os desfechos a longo prazo e elaborar, a partir desses dados, protocolo educacional direcionado ao atendimento da mulher neste cenário. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional, com dados de mundo real extraídos da plataforma global TriNext, incluindo pacientes de ambos os sexos com diagnóstico confirmado de IAM por classificação internacional de doenças (CID), versão 11, código I21. O desfecho primário avaliado foi composto de por óbito, nova hospitalização por IAM, procedimentos de revascularização miocárdica, ou insuficiência cardíaca após fase hospitalar e com seguimento de 5 anos. Resultados: Foram avaliados dados de 29.041 pacientes, dos quais 11.284 (38,4%) eram mulheres. A idade média das populações feminina e masculina foi, respectivamente, 64,4 e 59,8 anos. O grupo de mulheres apresentou maior ocorrência do desfecho combinado de óbito, nova hospitalização por IAM, procedimentos de revascularização miocárdica, ou insuficiência cardíaca após fase hospitalar e com seguimento de 5 anos (OR 1.058; IC 1.005 - 1.113; p = 0,03). Conclusões: Nesta grande coorte brasileira, o sexo feminino foi associado a maior ocorrência de eventos cardiovasculares em período de 5 anos após a alta hospitalar.