Instabilidade craniocervical no espectro oculoauriculovertebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Luiz Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-14102022-094627/
Resumo: Introdução: O espectro oculoauriculovertebral (OAVS) são anomalias do primeiro e segundo arcos faríngeos, causando alterações craniofaciais, principalmente assimetria facial, assim como anomalias na coluna vertebral, que podem ser causa de instabilidade do junção craniocervical - a manipulação de uma coluna instável pode resultar em compressão da medula espinhal, resultando em morbimortalidade. No entanto, poucos relacionaram a EOAV com estudos de instabilidade craniocervical. Objetivos: Para correlacionar pacientes com EOAV através de radiografia com craniocervical instabilidade e previsão de sua ocorrência. Métodos: Através de um estudo radiográfico da coluna cervical, avaliação da malformações e a presença de instabilidade craniocervical, e avaliação clínica usando o escore OMES como critério fenotípico para pacientes com a OAVS, por uma equipe multidisciplinar especializada. Foram realizados o teste t de Student, Kolmogorov-Smirnova e qui-quadrado. Resultados: 26 pacientes com EOAV foram avaliados, sendo que, destes, 7 (26,9%) apresentavam instabilidade craniocervical. Escore OMENS abaixo de 5: nenhum dos 6 pacientes apresentou instabilidade craniocervical; escore entre 5 e 9 - frequência significativamente maior de instabilidade (5 de 15 indivíduos, ou 33,3%); escore igual ou superior a 10 - maior frequência (2 de 5, ou 40%), porém sem significância estatística. Todos os pacientes com instabilidade também apresentavam malformações da coluna, e daqueles sem instabilidade craniocervical (19 pacientes), 57,8% tiveram malformações. As anomalias de coluna foram semelhantes naqueles com e sem instabilidade, sendo a mais comum a escoliose. Não houve significância estatística na presença ou ausência de malformações da coluna vertebral com a presença ou ausência de instabilidade craniocervical. 71,4% dos indivíduos com instabilidade tiveram anomalias extracraniofaciais, sendo a principal a radial. Conclusões: pacientes com escores OMENS mais altos tiveram mais instabilidade craniocervical, mas sem significância estatística. Também não mostram relevância estatística entre a presença de malformações craniocervicais e instabilidade. Atribuímos os resultados ao pequeno tamanho da amostra.