Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Trento, Mariana Muchatte |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-21032019-161846/
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Resumo: |
Esse trabalho tem como objeto o estudo das variações de densidade e seu diálogo com direcionalidade nos processos de composição musical estabelecendo indicações para análise interpretativa. Uma vez que problematizamos os conceitos de densidade e direcionalidade, buscamos estabelecer leituras dessas variáveis tanto quanto ao seu comportamento harmônico, rítmico, contrapontístico, timbrístico, transformações de intensidade, seja vertical ou horizontalmente, quanto à trama psicológico-dramática nas relações entre texto e música, assim como no uso do silêncio. O pensamento metodológico está apoiado tanto no Referencial Silva Ramos de Análise de obras corais (2003), que deu origem as nossas reflexões sobre densidade e direcionalidade, quanto em outras referências, igualmente estruturais, que são: Wallace Berry (1976), Arnold Schoenberg (1969, 2012), Barenboim (2007, 2009), Riemann (1896), Menezes (2002, 2006) e Schenker (1996, 2000). Ao tratar diretamente do significado destes parâmetros na estrutura musical, buscamos responder a principal pergunta deste trabalho: como tais variáveis e seus entrelaçamentos podem contribuir para uma análise voltada para construção de possíveis futuras performances. Divide-se em três capítulos, no primeiro constituímos três premissas de densidade: i) densidade vertical, a partir da análise das obras de Berry (1976), ii) densidade horizontal, com base nos fundamentos composicionais de Schoenberg (2012), iii) densidade dramática, fundamentada a partir de Ramos (2003). Realizamos a análise do madrigal Moro Lasso de Carlo Gesualdo para compreender o significado da densidade na estrutura musical e a sua contribuição para uma análise voltada para performance. No segundo capítulo, desenvolvemos as ideias de direcionalidade como um movimento transformador, destacando a direcionalidade melódica e harmônica, caracterizando também na ausência desta, a adirecionalidade. Percebemos na revisão bibliográfica e análise comparativa conceitual, a importância do conflito e do contraste para a caracterização e/ou intensificação da direcionalidade. Por fim, na análise interpretativa da obra Salmo 22 de Claudia Alvarenga, apontamos para as variações de densidade, em toda sua abrangência, como um possível elemento formador dos conflitos, contrastes e estranhamentos influenciadores de direcionalidade. |