Modernidade e assimetrias na paisagem: a fragmentação de ecossistemas naturais e humanos na baía noroeste de Vitória - ES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Barbosa, Isabella Batalha Muniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16131/tde-24082005-164110/
Resumo: O espaço moderno produz segundo uma lógica de simultaneidade paisagens contrastantes e com caracteríscas de ocupação distintas. A cidade de Vitória revela uma paisagem de dimensão singular e plural, de natureza fragmentada: a paisagem da região nordeste, correspondente à orla marítima, expressa a riqueza e os signos da cidade global, criando assim, uma condição antagônica à paisagem da região noroeste, cujos ecossistemas naturais e humanos coexistem precariamente. Essas assimetrias espaciais representam um processo dialético de inclusão e exclusão social inerentes à modernidade. A pesquisa teve por objetivo analisar a paisagem da Baía Noroeste no âmbito do município, buscando compreender os processos sociais e espaciais cumulativos que impuseram profundas transformações à sua base natural e sócio-espacial, considerando os seguintes aspectos: os impactos e correspondências que se estabelecem entre as regiões - nordeste e noroeste - a partir da instauração do capital industrial e da solicitação de um espaço compatível com a modernização; a forma como a região da Baía Noroeste se integra à produção e à gestão empresarial do município; os desafios e expectativas que se apresentam para a paisagem e a comunidade da Ilha das Caieiras a partir de sua inserção no Pólo Turístico; e por fim, a discussão da importância da participação da população na preservação do ecossistema manguezal como elemento estruturador da paisagem, da identidade e da cultura urbana capixaba. Desse modo, pretende-se uma nova abordagem sobre a paisagem do lugar, mostrando que a globalização se configura, não pela ausência de referenciais locais, mas por um excesso de representações ideológicas materializadas no cotidiano que redefinem seu conteúdo. E nesse contexto, mostrar que, a articulação do espaço econômico inclui o político, não apenas como externalidade, mas como estruturante na conformação da paisagem.