Estudo das complicações na reconstrução de orelha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Sakae, Eduardo Kawata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5158/tde-01062007-120738/
Resumo: Introdução: As particularidades da anatomia e a localização topográfica da orelha a tornam uma estrutura única no corpo humano, existindo diversas situações clínicas em que a sua reconstrução (total ou parcial) pode ser necessária. Devido à dificuldade técnica, as complicações pós-operatórias são freqüentes. Objetivos: Realizar análise epidemiológica dos pacientes submetidos à reconstrução de orelha devido a causas congênitas (microtia) e adquiridas (trauma, queimaduras e outras), com avaliação comparativa dos resultados, para definir qual grupo teria menores índices de complicações. Método: Realizada análise retrospectiva de 279 casos de reconstrução de orelha realizados de 1994 a 2004 na Disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os pacientes foram separados em portadores de deformidades congênitas ou adquiridas e analisados comparativamente. Resultados: O sexo masculino foi mais prevalente tanto entre os pacientes portadores de deformidades congênitas (61,3%) quanto entre aqueles com deformidades adquiridas (68,75%). A média de idade no início dos procedimentos cirúrgicos foi de 14,3 anos nos pacientes com deformidades congênitas e 29,5 nas deformidades adquiridas. Trauma foi a principal causa de deformidade adquirida (55% dos casos adquiridos), seguido pelas queimaduras (29% dos casos adquiridos) e a única deformidade congênita observada no estudo foi a microtia. Em média, os pacientes dos grupos necessitaram de 4,2 cirurgias, mas aqueles com seqüelas de queimaduras foram submetidos a um número significativamente maior de procedimentos (5,9 - p < 0,01). As principais complicações foram a exposição de cartilagem (15,1% do total de casos), sem diferença entre os grupos, e a brida retroauricular (16,5% do total de casos), sendo esta última mais freqüente nos casos de microtia e seqüelas de queimaduras. Conclusões: Os casos de perda traumática mostraram menor índice de complicações quando comparados àqueles submetidos a reconstrução por microtia ou após queimadura.