Vespas solitárias (Hymenoptera: Aculeata) ocupando ninhos-armadilha no Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nascimento, Ana Luiza de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-19022019-144330/
Resumo: O objetivo desse estudo foi examinar a composição de espécies e a abundância de vespas solitárias que nidificam em cavidades preexistentes no Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba, SP, Brasil. As amostragens foram feitas durante dois anos, de setembro de 2007 a agosto de 2009, utilizando como ninhos-armadilha gomos de bambu e tubos feitos com cartolina preta. Os ninhos-armadilha foram inspecionados uma vez por mês e aqueles contendo ninhos completos foram coletados e levados para o laboratório. Para cada ninho-armadilha retirado, outro similar foi disponibilizado. No laboratório, os ninhos foram mantidos à temperatura ambiente e foram observados diariamente para a coleta dos indivíduos conforme eles emergiam. Foram obtidos um total de 142 ninhos com 457 células de cria construídos por fêmeas de 14 espécies: nove espécies foram da família Crabronidae, duas espécies da família Vespidae, subfamília Eumeninae, duas espécies da família Pompilidae e uma espécie da família Sphecidae. Além desses ninhos, de outros 112 contendo 311 células todos os imaturos estavam mortos ou apenas emergiram inimigos naturais. Nesses casos, apenas o gênero ou subfamília puderam ser identificados. Crabronidae foi a família mais abundante em número de células de cria construídas (67,6%), seguida por Vespidae (Eumeninae), Sphecidae e Pompilidae. As espécies mais abundantes foram: Trypoxylon lactitarse, Pachodynerus nasidens, Trypoxylon sp 2 aff nitidum e Podium denticulatum e Trypoxylon albitarse, Trypoxylon (Trypargilum) sp2, Trypoxylon punctivertex e Auplopus pratens foram as espécies mais pobremente representadas. Os inimigos naturais associados com os ninhos incluíram: Hymenoptera (Chrysididae, Ichneumonidae e Chalcididae) e Diptera (Sarcophagidae). O inimigo mais abundante foi o parasitóide Amobia floridensis (Diptera) responsável por 58.3% de todas as células de cria atacadas e foi encontrado em ninhos de Trypoxylon, Pachodynerus e Podium enquanto crisidídeos atacaram somente ninhos de Trypoxylon. As maiores freqüências de nidificação ocorreram durante o período mais quente e mais chuvoso do ano e uma correlação significativa foi encontrada entre os números mensais de ocupações dos ninhos-armadilha e os valores de temperatura. A razão sexual para Pachodynerus brevithorax e P. denticulatum não foi significantemente diferente de 1:1, mas para Trypoxylon lactitarse e Trypoxylon sp2 aff nitidum ela foi fortemente desviada para machos enquanto para Trypoxylon sp5 aff nitidum e P. nasidens ela foi fortemente desviada para fêmeas.