Validação do Índice de Funcionalidade Brasileiro e descrição do perfil funcional de indivíduos com doença neurovascular, amputações, lesão medular e lombalgia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Coelho, Juliana Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-20082020-115732/
Resumo: Introdução: O Índice de Funcionalidade Brasileiro (IFBr) é um instrumento criado pelo governo brasileiro para homogeneização de certificação da deficiência para políticas públicas, porém ele ainda carece de validação. Objetivo: Avaliar e comparar o perfil funcional de indivíduos com diversas condições incapacitantes de saúde através do uso do IFBr e testar suas propriedades psicométricas. Métodos: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo de caráter descritivo. Duzentos e vinte e dois indivíduos de ambos os sexos com: amputação (56), AVC (53), lesão medular (60) e lombalgia (53) foram avaliados em três momentos: avaliação inicial (AV1), no intervalo de tempo entre 1 e 6 meses (AV 2) e 7 a 10 dias após (AV3). Também foram usados outros instrumentos considerados específicos para estas condições de saúde: para lesão medular foi utilizada a Spinal Cord Independence Measure versão IV (SCIM-IV); para AVC, a Medida de Independência Funcional (MIF); para lombalgia, o Questionário Roland-Morris Brasil (QRMB) e para amputação, o Índice de Barthel (IB). A análise fatorial utilizou o Varimax. Na análise da consistência interna, utilizou-se o alfa de Cronbach. A reprodutibilidade intra e inter-observadores utilizou o Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), e a responsividade, a diferença entre a AV3 e a AV1 em cada condição de saúde. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para a verificação das correlações. Resultados: O IFBr apresentou correlação diretamente proporcional e forte com a MIF (0,87; p<0,001) e moderada tanto com a SCIM-IV (0,63; p<0,001) quanto com o IB (0,67; p<0,001). No QRMB, a correlação foi negativa e moderada (0,47; p<0,001). As análises fatoriais exploratórias do IFBr foram consideradas apropriadas: MIF (0,77), SCIM-IV (0,65), IB (0,52) e QRMB (0,56). O alfa de Cronbach foi considerado aceitável em todas as condições de saúde. Foi observada uma boa reprodutibilidade do IFBr tanto intra quanto inter-observadores, para todas as condições de saúde. A responsividade mostrou uma pequena concordância entre o IFBr e os instrumentos de avaliação funcional específicos para as condições de saúde avaliadas. Conclusão: Verificou-se que a MIF teve maior correlação com o IFBr, e o QRMB, a menor. O IFBr pode ser considerado um instrumento de avaliação completo para avaliar o perfil funcional de indivíduos com AVC, pois para as outras condições de saúde, este instrumento não se mostrou apropriado.