Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Souza, Glauco Costa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-29082019-123248/
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Resumo: |
No contexto católico do integrismo internacional, a década de 1970 se caracterizou pela militância a favor do resgate dos valores cristãos ameaçados pelo avanço moderno na sociedade ocidental, que passou a ser tema central dos artigos publicados por duas revistas: a Permanência, na cidade do Rio de Janeiro, e a Itinéraires, na cidade de Paris. A partir dessas constatações, a tese procurou apresentar a trajetória intelectual dos líderes do grupo Permanência, Gustavo Corção e Julio Fleichman, durante os anos de 1975 a 1989. Nesse período, os intelectuais escreveram artigos para a revista Itinéraires e participaram do maior congresso do integrismo internacional promovido pelo Office International na cidade de Lausanne, na Suíça. Defendeu-se a ideia de que essa trajetória teve como objetivo apresentar um projeto de poder articulado entre a elite civil-militar brasileira e os intelectuais católicos, por meio de dois planos discursivos: de valorização ao regime e de ataques a Igreja progressista brasileira. O itinerário percorrido pelos intelectuais cariocas revelou a notoriedade do integrismo brasileiro e do país, que passou a ser reconhecido pelo momento autoritário, ao derrotar a subversão internacional comunista pela ditadura militar. E, como uma troca, o integrismo francês era tomado como exemplo de luta contra o progressismo católico. Das experiências compartilhadas por esses grupos do integrismo católico, a História dos Intelectuais forneceu conceitos e categorias de análises que permitiram identificar as redes de sociabilidades e os microclimas que fizeram parte dos sentimentos partilhados por essa geração de intelectuais. Corção e Fleichman foram mediadores de um projeto político e cultural que contribuiu para a construção de uma memória sobre a ditadura e que, nos dias de hoje, ressurgiu no imaginário político brasileiro por meio da luta anticomunista. |