Insetos, meliponicultura e diversidade biocultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Londoño, Juan Manuel Rosso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-06022014-143213/
Resumo: A tese apresenta os resultados de três estudos de caso que analisam os vínculos entre diversidade biológica e cultural, expressados nas relações (conhecimentos, usos, manejo) que estabelecem grupos humanos com as abelhas sem ferrão e outros insetos, em três contextos socioambientais diferentes: (1) as montanhas e vales da cordilheira dos Andes e as planícies do litoral Caribe na Colômbia; (2) as selvas do Noroeste Amazônico na bacia do Rio Negro, que conformam o limite entre a Colômbia e o Brasil; e (3) o semi-árido do Nordeste brasileiro, dominado pelo bioma Caatinga, no interior do estado de Rio Grande do Norte. No primeiro caso se apresenta o panorama da meliponicultura no país, mostrando espécies utilizadas, nomes locais, atores envolvidos, objetivos da atividade, produtos e seus usos, destacando a necessidade de prestar atenção à diversidade cultural associada às espécies de abelhas sem ferrão. O segundo caso apresenta aspectos do relacionamento entre as culturas indígenas Tukano Oriental do Vaupés com os artrópodes, mostrando a profundidade e detalhe do conhecimento tradicional e a importância que os insetos comestíveis tem na subsistência, e destacando que são um grupo de seres que não pode se desligar do resto de elementos do território e da cultura. No terceiro caso se explora o conflito socioambiental em torno à caça e comercialização de mel e ninhos de abelhas sem ferrão realizadas pelos meleiros; utilizando metodologias narrativas se analisam as suas práticas considerando aspectos históricos e socioculturais, discutindo os níveis de responsabilidade de outros atores envolvidos no conflito, e entendendo o meleiro e seu conhecimento como potenciais aliados na conservação. No marco intercultural e interdisciplinar, se exploram as dimensões resultantes do encontro entre sistemas de conhecimento diferentes (tradicional e local / científico e ocidental) que convidam a repensar as estratégias de intervenção dos projetos de desenvolvimento, assim como as premissas das práticas de pesquisa em contextos altamente diversos.