Taxonomia e biologia de Haliclystus antarcticus: inferências para a evolução de Staurozoa (Cnidaria)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Miranda, Lucilia Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-18052010-152625/
Resumo: A recente proposta de uma nova classe de Cnidaria, Staurozoa, contribuiu para um melhor conhecimento sobre o grupo. Entretanto, os dados e hipóteses sobre a evolução, taxonomia, biologia e ecologia de Staurozoa ainda são limitados, especialmente com relação às espécies do hemisfério Sul. O objetivo deste estudo é: (1) rever caracteres tradicionalmente utilizados na taxonomia do gênero Haliclystus (alguns deles amplamente utilizados na taxonomia de Staurozoa em geral), (2) abordar questões relacionadas à ontogenia e ao ciclo de vida desses animais e (3) discutir e revisar homologias de Staurozoa e de outras classes de Medusozoa, subsidiando inferências evolutivas para o grupo. A espécie Haliclystus antarcticus foi utilizada como um modelo para Staurozoa em geral a fim de atingir os objetivos propostos. Contribuições para o conhecimento sobre a biologia e taxonomia do grupo provieram de estudos histomorfológicos e da redescrição de H. antarcticus. Dados moleculares, morfológicos e ecológicos foram utilizados em inferências sobre a ontogenia e o ciclo de vida de H. antarcticus. Discussões sobre homologias e ciclo de vida de outros Medusozoa provieram de dados histomorfológicos. As principais consequências do nosso estudo são: (a) os espécimes provenientes do Chile foram identificados erroneamente como H. auricula, e devem ser classificados como H. antarcticus; (b) muitos caracteres tradicionalmente utilizados na taxonomia do grupo são variáveis (intraespecificamente e ontogeneticamente) ou são interpretados incorretamente; (c) dados moleculares suportam a identificação da espécie Microhydrula limopsicola (Limnomedusae, Hydrozoa) como um estágio da vida de H. antarcticus, o que esclarece o ciclo de vida e a morfologia do grupo; (d) o significado evolutivo de alguns caracteres morfológicos e do ciclo de vida da classe Staurozoa foram revisados e discutidos em uma perspectiva mais ampla entre os Medusozoa.