Cartas a Teodora: confluências entre a Abordagem Triangular do Ensino das Artes e Culturas Visuais e a Educomunicação para uma arteducomunicação decolonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Mauricio da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27160/tde-27042022-112654/
Resumo: Nesta tese eu apresento uma série de cartas que escrevi à Teodora, uma filha que virá a ser. O objetivo das cartas é compartilhar minhas reflexões e propostas a partir de confluências para a construção de um mundo no qual haja equidade, e a cuidadania, ou seja, o cuidado que leva à uma cidadania comunitária, sejam uma meta coletiva. Para tanto, eu escrevo sobre experiências, estudos, pesquisas e práticas que realizei inter-relacionando os paradigmas latino-americanos da Abordagem Triangular do Ensino das Artes e Culturas Visuais e da Educomunicação. Nas cartas também são acomodadas e desacomodadas trajetórias em busca da confluência entre os paradigmas que citei, questionando se, ultrapassando a ideia de inter-relação, é possível tal encontro, respeitando uma definição de confluência apresentada no texto. Assim, em narrativas que transbordam ficção e realidade, eu conto histórias de como entrei em contato com pessoas que estudam decolonialidades, epistemologias do sul e cuidadania, e como esses conceitos provocaram um aprofundamento no meu eu-educador. A escolha da escrita de cartas decorre do próprio isolamento que vivi, na fase final da pesquisa, em quarentena em um quarto de pensão, na cidade de Coimbra, Portugal, com os receios e pensamentos que a pandemia do SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, provocou em mim. A falta de contato, a paralisação de atividades, inspirou um processo de imaginar o fim do mundo e o planejamento de um próximo, novo, e as cartas são o meu recado/legado para tal filha, que virá a ser. Entre as cartas, há fotografias produzidas por mim, trechos de poesias e letras de música que inspiraram a escrita, e que chamei de afluências poéticas sentipensares/corazonares, e antes do sumário da tese, é possível acessar a lista destas afluências. Assim, uma vez que tais narrativas são de processos durante o período pandêmico, escrevo atividades que realizei de forma on-line, por meio de aplicativos de comunicação digital e videoconferências. Entre elas, destaco a atividade elaborada para o projeto Capital Social Sala de Visita, do Caleidos Cia de Dança, cujos processos e produtos, como a instalação silenciARmovimentAR, são aqui apresentados como resultados da pesquisa. Finalizo as cartas com um manifesto, que entendo como uma rede tecida para uma arteducomunicação decolonial. Considero que cartas tornadas públicas podem se tornar cartas pedagógicas, assim tais cartas tem como interlocutora principal Teodora, mas também todas as pessoas que, assim como eu, buscam uma confluência entre os campos da Arte, Comunicação e Educação, em uma perspectiva decolonial.