Sentir, escrever e governar. A prática epistolar e as cartas de D. Luís de Almeida, 2º Marquês do Lavradio (1768 - 1779)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Conceição, Adriana Angelita da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-16042012-164420/
Resumo: Esta tese versa sobre a prática de escrita de cartas na época moderna, sobretudo no século XVIII, incluindo-se a carta como objeto de estudo, ao se considerar seu sentido, produção, marca de sociabilidade, aspecto materiais, espaço de trocas de sensibilidades e dispositivo da prática de governar. Para isso, analisamos alguns manuais modernos de escrita de carta e de secretário, especialmente, o de Francisco José Freire, O secretario portuguez (1745). Ao se estudar a prática epistolar, criou-se o conceito de sensação de fala e sensação de escuta, para pensar a carta enquanto portadora da voz do remetente, despertando no destinatário a audição, ativada pela conexão entre os sentidos questão que também considerou a circularidade da carta entre os espaços de sociabilidade e manifestação do sensível. Assim, depois de pensar a carta em categorias teóricas, estudamos a correspondência de D. Luís de Almeida, o 2º marquês do Lavradio. Cartas produzidas por este português no período no qual deixou Lisboa para servir ao rei como governador da Bahia e depois como vice-rei do Brasil, permanecendo na América de 1768 a 1779. As instituições que abrigam a correspondência que formou o principal corpus da tese são: em Portugal, Biblioteca Nacional, Arquivo Histórico Ultramarino e Academia de Ciência de Lisboa; no Brasil, Arquivo Nacional e Biblioteca Nacional. O corpus foi estudado pormenorizadamente reunindo informações quantitativas e qualitativas, considerando a materialidade da carta e sua trajetória de composição e preservação. Por fim, o terceiro momento do estudo analisou o conteúdo das cartas, para pensar o governo colonial regido através delas, refletindo sobre os diferentes papéis sociais ocupados por D. Luís de Almeida, a atuação do vice-rei e suas problemáticas de governo; e as estratégias utilizadas para impedir a má reputação social diante da perda do território. Contudo, esta tese une sentir, escrever e governar, para pensar a prática epistolar e as cartas de D. Luís de Almeida