As implicações políticas de um processo de formação em criação compartilhada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moraes, Filipe Brancalião Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27155/tde-27092017-094914/
Resumo: A presente pesquisa se propõe o exame de algumas das implicações políticas verificadas em processos de formação que se estruturam a partir de modalidades de criação compartilhada. Essas modalidades estão diretamente ligadas aos modos de produção do teatro de grupo, especialmente àqueles instituídos a partir da década de 90 e que, desde então, vêm exercendo um papel importante na revisão de princípios e práticas pedagógicas. Nosso campo de investigação é a \"SP Escola de Teatro\", um centro de formação das artes do palco que conta com momentos específicos em que a formação se efetiva no encontro entre aprendizes de oito diferentes áreas criativas (Atuação, Cenografia e Figurino, Direção, Dramaturgia, Humor, Iluminação, Sonoplastia e Técnicas de Palco) e se propõe à construção de uma cena teatral em que todos os seus integrantes respondem pela autoria da obra apresentada. Ao longo desta dissertação, pudemos problematizar as relações que ali se estabelecem e verificar a existência de um espaço comum que privilegia a emergência de ações criativas propositadamente plurais, diversas e geradoras de novas possibilidades de convívio e trocas humanas. Nesse sentido, os estudos de Hannah Arendt e Jacques Rancière ampararam nossas reflexões e nos permitiram traçar paralelos entre o exercício da criação compartilhada e a atividade política, sobretudo no que tange à pressuposição da igualdade como necessidade das relações humanas e à condição de pluralidade que as estabelece.