Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Wanderley, Dalva Marli Valerio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-24012018-135346/
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Resumo: |
O controle da transmissão da doença de Chagas no Estado de São Paulo, delineado\" no presente estudo, foi equacionado e solucionado e não constitui, nos dias atuais, problema de saúde pública. O risco de ocorrência de casos agudos fica restrito a eventos isolados. Este quadro, portanto, autoriza otimismo, podendo-se supor que a atual incidência da doença no Estado seja próxima de zero e esperar que a incidência futura se mantenha nesse nível. Sob a ótica da transmissão vetorial, as ações de vigilância sobre as espécies peridomiciliares presentes atualmente no Estado têm respondido de maneira eficaz à possibilidade de infecção por Trypanosoma cruzi a partir do contato homem-vetor. A casa rural paulista não constitui hoje ecótopo adequado para a domiciliação de tais espécies de triatomíneos. O comportamento invasor, característico principalmente dos indivíduos adultos fêmeas, não tem passado despercebido à população que prontamente coleta e encaminha o inseto para análise utilizando-se, na maioria das vezes, do Centro de Saude local, numa integração da vigilância vetorial à rede de atenção à saude. O pronto atendimento a cada notificação serve de estímulo à participação. Em síntese, a vigilância vetorial está consolidada junto à comunidade e à rede de saúde local. A transmissão transfusional constitui fenômeno raro dadas as condições com que se pratica a hemoterapia no Estado de São Paulo. As ações de controle do sangue foram implementadas pela Secretaria de Saúde a partir de 1988, com índices de cobertura de seleção de doadores próximos de 100 por cento já em 1990. Mais recentemente, com a instalação da Hemo-rede estadual e a ampliação da cobertura dos Hemocentros incluindo os pequenos municípios, pode-se observar uma melhora da qualidade da hemoterapia. O descarte do candidato à doação quando procedente de área endêmica de doença de Chagas, tem contribuído para a obtenção de baixos percentuais de prevalência na triagem sorológica, situados próximos a 1 por cento . A transmissão congênita, entendida como mecanismo residual de perpetuação da infecção, ocorre em níveis discretos e pode ser perfeitamente controlada desde que se realizem provas sorológicas para doença de Chagas em gestantes com epidemiologia compatível e se pesquise a infecção na criança ao nascer e seguimento até os 6 meses. A persistência da positividade sorológica deve orientar para tratamento específico. Outros mecanismos de transmissão não apresentam qualquer importância no contexto da endemia. Resta ao sistema de saúde, portanto, olhar de frente os indivíduos infectados que merecerão atenção médica e previdenciária e cujo direito à saúde está garantido pela carta constitucional. |