Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Firmano, Ruan Francisco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-07062017-090108/
|
Resumo: |
O potássio (K) é o cátion presente em maior quantidade no citoplasma, atuando em processos enzimáticos e metabólicos vitais para as plantas. Nas raízes, a absorção ocorre na forma livre (K+), e sua biodisponibilidade depende das formas como o elemento se associa ao solo. Não existe limite crítico entre as frações solúveis, trocáveis, não trocáveis e estruturais de K, sendo suas concentrações alteráveis por fatores bióticos e abióticos. Solos oxídicos, situados em ambientes tropicais úmidos, geralmente apresentam baixos teores totais de K, atribuídos tanto ao forte intemperismo nessas regiões quanto aos materiais de origem pobres no nutriente. Os teores disponíveis de K são estabelecidos como referência para diagnósticos e para cálculos de adubações no Brasil. Contudo, existem evidências de que formas não extraíveis por extratores convencionais podem contribuir para a nutrição de plantas, principalmente quando se observa ausência de resposta à adubação potássica em solos com baixos teores disponíveis de K nos quais o processo de coleta de solo e determinação de K foram feitos de modo adequado. Além disso, mesmo em solos muito intemperizados, fontes minerais de K podem ser identificadas por técnicas especiais de difração de raios-X e extração sequencial de K em suas frações minerais. A soja (Glycine max L.) é uma espécie de grande importância econômica e apresenta requerimento elevado de K quando comparada a outras espécies de importância econômica. Objetivou-se avaliar o efeito do material de origem e da mineralogia do solo e suas frações nos atributos químicos e nas formas de K no solo, bem como na nutrição potássica da soja. Este projeto foi realizado com amostras de um Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf), oriundas de um experimento iniciado em 1983, em Londrina (PR), para avaliar o efeito de doses de adubo potássico (KCl) na produtividade da soja, em ciclos com restrição e ciclos com acúmulo de K. Com a interrupção da adubação potássica em 2008, as plantas vieram sendo nutridas com o K residual no solo por sete safras. Estudos com efeito residual de K em sistemas de produção tropicais são escassos, principalmente em experimentos de longa duração com solos oxídicos. Com isso, em outubro de 2015 foi reaplicado potássio em metade das parcelas para avaliar do efeito da adubação e da manutenção do efeito residual na mineralogia e formas de K no solo, bem como na nutrição da soja. Foram realizados o mapeamento elementar e a quantificação de K no material de origem (basalto), bem como a identificação e estudo da reserva mineral de K na fração argila do solo por meio de difrações e extrações sequenciais. Foram determinadas as formas trocáveis (resina trocadora de íons e Mehlich-1), não trocáveis e totais de K no solo, além dos teores totais em suas frações separadas. Para fins de fertilidade, foram determinados os demais atributos químicos do solo antes e após a aplicação de K nas subparcelas. Também foram determinados os teores de macronutrientes e micronutrientes, com exceção do níquel (Ni), cloro (Cl) e molibdênio (Mo), em trifólios, partes aéreas e grãos de soja, bem como parâmetros produtivos como massa seca produzida, produtividade e massa de cem grãos. O material de origem e o solo apresentaram baixa reserva de K, sendo que para este último a maior parte do reservatório mineral do nutriente esteve contido na fração argila. A constituição mineralógica do solo apresentou pouca variação, sendo identificados óxidos e hidróxidos como hematita, goethita e gibbsita, filossilicatos 1:1 e 2:1, com e sem hidróxi-Al intercamadas, e outros minerais como quartzo, maghemita e anatásio. Mesmo em avançado estágio de intemperismo, o Latossolo apresentou espécies minerais fontes de K na fração argila. Os extratores de teores trocáveis (Mehlich-1 e resina de troca iônica) extrairam quantidades diferentes de K. A disponibilidade de K e a reaplicação do nutriente após efeito residual, influenciaram os teores de determinados nutrientes em trifólios, partes aéreas e grãos, bem como a produtividade, a massa de grãos e a massa seca de partes aéreas. |