Micronutrientes na construção da fertilidade e morfofisiologia da soja no cerrado tocantinense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Larissa Urzêdo
Orientador(a): Silva, Rubens Ribeiro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Gurupi
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal - PPGPV
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1277
Resumo: Com a expansão da atividade agropecuária no MATOPIBA, a construção da fertilidade dos solos em micronutrientes, especialmente o B, é importante devido ao seu papel na produção vegetal, sendo altamente exigido pela cultura da soja. Assim, é necessário um manejo preciso e eficiente da fertilização boratada, pois a prática - considerada de alto custo, é influenciada por fatores relacionados com o tipo de solo, a solubilidade das fontes, o modo de aplicação e a variedade genética. Objetivou-se com este trabalho: 1. Avaliar a disponibilidade de B no solo para a construção da fertilidade de um Latossolo Vermelho-Amarelo e um Neossolo Quartzarênico. Para isso, os tratamentos obtidos em fatorial 5x10 consistiram de cinco fontes (ácido bórico, octaborato de sódio, tetraborato de sódio, óxido e óxi-sulfato) e dez tempos de incubação (0, 5, 10, 15, 25, 40, 55, 70, 85 e 100 dias), com três repetições. A dose de B aplicada foi de 4,0 mg dm-3 em amostras de solo de 0,5 dm3 com pH corrigido para 6,0; 2. Avaliar os efeitos da adubação com H3BO3 no solo e foliar sobre o desenvolvimento de plantas de soja cv. M8808Ipro. Para isso, os tratamentos obtidos em fatorial 3x2 consistiram de três doses de B no solo: 0 (controle); 0,62 e 3,4 kg ha-1, na ausência e presença de suplementação foliar, com quatro repetições; 3. Avaliar os efeitos da adubação com micronutrientes na forma de óxidos sobre a nutrição e morfofisiologia de plantas de soja cv. M8349Ipro. Para isso, os tratamentos consistiram da adubação com micronutrientes nas doses: 0,00 (testemunha), 56,67 e 211,11 kg ha-1, correspondentes a interpretação das classes de B no solo: muito baixo, ideal e alto. Os parâmetros fisiológicos foram quantificados nos estádios V6 e R2 da cultura. A disponibilidade de B nos solos foi menor com o uso das fontes mais solúveis e a eficiência da adubação com óxido e óxi-sulfato foi superior a 80%. A absorção de B pelas plantas aumentou gradativamente com o fornecimento de H3BO3 via solo e foliar, enquanto o aparato fisiológico foi mais eficiente na ausência de suplementação foliar. A adubação com doses crescentes de micronutrientes na forma de óxidos via solo influenciou de modos distintos a absorção de B, Cu, Mn e Zn pelas plantas, e reduziu o rendimento de biomassa e grãos de soja. Todavia, a dose 56,67 kg ha-1 conferiu maior clorofila total em R2 e melhor condutância estomática e concentração interna de carbono em V6. A adubação com fontes boratadas mais solúveis não é eficiente para a construção da fertilidade dos solos em B. A adubação com H3BO3 no solo e foliar não melhora a morfofisiologia e a produção de soja em solo argiloso com teor de B inicial de 0,30 mg dm-3, embora aumente o acúmulo de B foliar. A adubação com micronutrientes na forma de óxidos incorporados ao solo não aumenta o rendimento da soja, apesar da aplicação de 56,67 kg ha-1 do fertilizante proporcionar teores foliares de B e Cu adequados e melhorar a atividade fotossintética das plantas.