Eficiência de iscas tóxicas no controle de adultos de Sphenophorus levis Vaurie (Coleoptera: Curculionidae) em cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Giron Perez, Katherine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-15052008-155307/
Resumo: No Brasil, o bicudo da cana-de-açúcar, Sphenophorus levis Vaurie (Coleoptera: Curculionidae) tem se tornado nos últimos anos praga importante da cultura, principalmente no estado de São Paulo onde as perdas alcançam 30 ton/ha/ano e no Sul do estado de Minas Gerais. Isto devido à ausência de medidas preventivas para a disseminação e ao crescimento da área plantada, decorrente da alta demanda de álcool. Existem diversos métodos para o seu controle e um dos mais empregados são as iscas tóxicas; apenas impregnadas com o inseticida carbaril não existindo alternativas, o que pode favorecer a aparecimento de populações resistentes do inseto, dificultando o controle. Sendo assim, é evidente a necessidade de investigar outros inseticidas tão ou mais eficientes visando aumentar inclusive a eficiência das iscas utilizadas atualmente através da incorporação de substâncias mais atraentes. O presente trabalho foi realizado no Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\", Universidade de São Paulo, e teve como objetivos avaliar a atração de adultos de S. levis por meio de olfatômetro \"Y\" a toletes de cana-de-açúcar com e sem melaço a 10% e casca de abacaxi, em diferentes períodos de fermentação (24, 48 e 72hs), horários (diurno e noturno) e sexos (machos e fêmeas) e estabelecer a relação entre os compostos emitidos pelos substratos, acetato de etila e etanol, por meio de cromatografia gasosa, com a atração dos insetos a cada substrato testado; assim como avaliar o efeito letal dos inseticidas cartap e tiametoxam em diferentes dosagens fornecidas através de iscas de cana-de-açúcar no laboratório é validá-los em campo, comparando-os com as capturas das iscas contendo carbaril. Os resultados do laboratório demonstraram que a mistura cana-de-açúcar com melaço fermentado por 24 horas, atraiu os insetos em até 90% e que a resposta dos insetos foi maior no horário diurno, sem diferenças estatísticas entre os sexos. Os inseticidas cartap e tiametoxam nas dosagens 2,0 g p.c/L de água e 0,6 gp.c/L de água respectivamente, ocasionaram níveis de mortalidade superiores a 80% no laboratório. No campo a mortalidade em iscas contendo cartap (2,0 g p.c/L) foi menor que as iscas contendo carbaril e tiametoxam (0,6 g p.c/L) as quais tiveram resultados semelhantes. O maior número de insetos capturados nas iscas tóxicas foi registrado aos 7 dias, nos dias subseqüentes as capturas diminuíram.