Morfometria, amostragem populacional e reinvestigação do feromônio de Sphenophorus levis (Coleoptera: Curculionidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Wadt, Lucila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-06072016-152114/
Resumo: Sphenophorus levis (Coleoptera: Curculionidae) é uma das principais pragas de importância econômica na cana-de-açúcar. Seu ataque pode causar a morte da planta, promovendo falhas na rebrota e dependendo do nível de infestação, inviabilizar novos cortes. Além disso, é considerado um inseto de difícil manejo. Dentre as razões, destacam-se o hábito críptico de suas larvas, que se alimentam no interior do colmo da cana, e dos adultos, que permanecem boa parte de seu tempo abaixo da palhada sobre o solo. Por esta razão, os métodos tradicionais de controle, como os agroquímicos têm sido pouco eficientes. Neste sentido, a busca por novos conhecimentos e novas estratégias para o manejo desta praga tem se tornado frequente. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi o de reinvestigar o feromônio de S. levis, visando a possível existência de novos compostos químicos na sua composição. Além disso, foram estudados ainda a morfologia e morfometria de S. levis, visando uma ágil e fácil separação por sexo nesta espécie, e uma amostragem populacional das formas biológicas de S. levis em campo, ao longo de uma safra, tendo em vista o manejo desta praga. As fêmeas apresentaram maior tamanho corporal que os machos, porém, houve sobreposição entre o tamanho mínimo da fêmea e máximo do macho, comprometendo uma distinção pelo tamanho. A separação dos sexos em S. levis pode ser feita observando-se a parte ventral do abdome, com os machos apresentando toda a região pilosa e as fêmeas somente com pelos na região apical. Uma maior concavidade presente no final do abdome dos machos, também pode ser utilizada como um parâmetro auxiliar nesta separação. Observando-se a flutuação populacional das diferentes fases biológicas de S. levis, por meio de trincheiras, verificou-se que as larvas ocorrem praticamente durante todos os meses do ano, enquanto que pupas e adultos recém emergidos, em menos da metade das amostras. O pico populacional de larvas, pupas e adultos recém emergidos ocorreu em outubro. Para os adultos, a amostragem por meio de iscas indicou que o pico de maior intensidade foi em dezembro. Na etapa de reinvestigação do feromônio de agregação de S. levis, foram obtidas respostas positivas nas antenas de machos e fêmeas para três compostos químicos. Um destes compostos foi o álcool 2-metil-4-octanol, já identificado anteriormente por Zarbin et al. (2003). Os outros dois, são novos compostos denominados 2,3-butanodiol diacetil (2,3 diacetilbutano) e meso 2,3 butanodiol diacetil (meso 2,3 diacetilbutano). Os três compostos sintéticos foram testados em GC-EAG, porém ainda sem uma resposta conclusiva. Novos testes necessitam ainda ser conduzidos para elucidar a composição química do feromônio de agregação de S. levis.