Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Montoya Diaz, Ma. Del Carmen |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-03092008-113143/
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Resumo: |
Estudos dos fatores que geram incapacidade para o trabalho são prioritários para a adoção de medidas preventivas, na melhoria das condições de trabalho e valorização dos recursos humanos da área da saúde, segundo as recomendações da Organização Panamericana de Saúde para o período 2006-2015. Dentre os fatores de incapacidade para o trabalho de profissionais que atuam em hospitais estão as lesões ostemusculares, que podem estar relacionadas à sobrecarga na manipulação de cargas, adoção de más posturas e a movimentos repetitivos. As lesões osteomusculares por vezes, se associam aos fatores ergonômicos que requerem o estabelecimento de programas preventivos. Nesse contexto foi proposta esta investigação, cujo objetivo foi analisar a ocorrência de lesões osteomusculares e de absenteísmo-doença entre trabalhadores de um hospital mexicano e as condições ergonômicas do ambiente de trabalho. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa dos dados executado por meio de investigação epidemiológica censitária com análise retrospectiva dos afastamentos no trabalho por licença-saúde no hospital de Morélia, México e de um survey para identificação de indicadores de morbidade por lesões osteomusculares e das opiniões dos trabalhadores sobre o ambiente de trabalho. O estudo foi realizado com as licenças - saúde, emitidas em 2005 e 2006 e com a amostra de 226 trabalhadores atuantes no hospital em 2007. Os procedimentos de execução foram: identificação do absenteísmo-doença, validação da versão em espanhol do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, aplicação do instrumento de coleta de dados composto pela identificação de aspectos pessoais e ocupacionais dos trabalhadores, do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares e de informações sobre o ambiente de trabalho. Para apresentação dos resultados foi utilizado o método estatístico de análise percentual, com distribuição de freqüências simples em tabelas e figuras. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do hospital estudado. Em 2005 foram registradas 107 licenças-saúde, 1.177 dias de faltas, índice de porcentagem de Tempo Perdido (TP) acumulado de 0,56%, as licenças-saúde ocasionadas por problemas osteomusculares foram responsáveis 232 dias perdidos de trabalho, correspondente a 19,71% de faltas no ano. Em 2006 foram registradas 118 licenças-saúde, 1201 dias de faltas, TP acumulado = 0,57%, as licenças-saúde ocasionadas por problemas MONTOYA-DÍAZ, M. C. osteomusculares foram responsáveis 303 dias perdidos de trabalho, correspondente a 25,22% das faltas no ano. Dentre os motivos de adoecimento dos trabalhadores, 59,68% dos sujeitos atribuem a causa aos problemas osteomusculares. Os sintomas ostemusculares mais freqüentes foram na região lombar (31,86% e 23,89%) e cervical (24,78% e 15,04%) respectivamente nos 12 meses e sete dias precedentes a coleta de dados. Houve concordância entre o relato dos sintomas na região lombar com a distribuição da freqüência de afastamentos no trabalho nos 12 meses precedentes. Grande parte dos profissionais não percebe os riscos ocupacionais. Os fatores ergonômicos percebidos por 39,82% dos sujeitos foram: sobrecarga física, mobiliários e equipamentos inadequados, danificados e obsoletos, movimentos repetitivos, espaços reduzidos, iluminação inadequada. Conclusões: as lesões osteomusculares causam absenteísmo, existe um grande número de trabalhadores com indicadores de morbidade osteomuscular que podem vir a faltar do trabalho. Aspectos ergonômicos do ambiente precisam ser corrigidos visando a prevenção do adoecimento dos trabalhadores e de prejuízos para o hospital. |