Controle do sistema de estresse em ratas Wistar adultas submetidas ao bloqueio dos receptores mineralocorticoide ou glicocorticoide após estresse na pré-puberdade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Camin, Nathália de Azevêdo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CRH
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-29032017-165315/
Resumo: A adolescência é um período crítico para o desenvolvimento dos indivíduos. Durante esta fase várias estruturas cerebrais responsáveis pelo controle das respostas estressoras atingem sua maturidade. Assim, estressores agudos ou crônicos podem repercutir negativamente e alterar a resposta de estresse bem como o comportamento na vida adulta. O eixo hipotálamo-hipófiseadrenal (HPA) integra o sistema do estresse, cujo controle inibitório está regulado pelos glicocorticoides, os quais agem em receptores dos tipos mineralocorticoide (MR) e glicocorticoide (GR). É desconhecido o papel destes receptores nos efeitos de longa duração induzidos pelo estresse na pré-puberdade em modelos animais. O objetivo deste trabalho foi verificar se o bloqueio dos receptores MR ou GR após o estresse na pré-puberdade previne suas alterações sobre o comportamento exploratório e o controle do eixo HPA, em ratas adultas. Desta forma, ratas pré-púberes, com 26 dias de idade, foram submetidas a uma ou sete sessões diárias de contenção e, em seguida, à administração dos antagonistas MR (Espironolactona) ou GR (RU- 486). Na fase adulta, aos 60 dias de idade, os animais foram avaliados no labirinto em cruz elevado e, no dia seguinte, submetidos novamente à contenção, concomitantemente com coleta seriada de sangue para avaliar a resposta do eixo HPA. Subsequentemente, realizou-se a perfusão do cérebro assim como a coleta das adrenais e timo. Efetuou-se a dosagem de corticosterona por radioimunoensaio e analisou-se a expressão e atividade dos neurônios CRH na região parvocelular medial do núcleo paraventricular do hipotálamo, por imuno-histoquímica. O estresse crônico na pré-puberdade causou redução no peso corporal, atraso na puberdade e diminuição da expressão de CRH e Fos em resposta ao estresse agudo na vida adulta. Não houve efeitos sobre o peso do timo e parâmetros comportamentais. Contudo, RU-486 promoveu aumento da corticosterona e adrenais. O estresse agudo ocasionou avanço da puberdade e associado com RU- 486 ou Espironolactona também diminuiu a atividade dos neurônios CRH em resposta ao mesmo estressor na vida adulta. Estes resultados demonstram que a administração de Espironolactona pode ser uma estratégia promissora para atenuar os efeitos centrais a longo prazo decorrentes do estresse agudo na pré-adolescência