Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vianna, Rodrigo de Luiz Brito |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-29012024-120208/
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Resumo: |
Esta pesquisa busca compreender por que, ao longo dos anos 1960 e 1970, grupos guerrilheiros de esquerda – herdeiros da tradição marxista, corrente de pensamento cosmopolita e que carrega a ideia de progresso como marca fundadora – passam a utilizar símbolos patrióticos e heróis nacionais do passado, em busca de legitimidade política. Os tupamaros de Artigas, a bandeira de San Martín, a espada de Bolívar: como essa simbologia do século XIX é resgatada por forças políticas que defendiam a revolução no século XX? É possível pensar na existência de uma esquerda romântica, que busca se conectar com as tradições? Não se trata de uma tese sobre a guerrilha em si, mas sobre a relação entre o nacionalismo e a esquerda revolucionária, com foco na região do Prata: MLN-Tupamaros e PRT-ERP são nossos estudos de caso. A pesquisa recupera a longa disputa de identidades nacionais no Uruguai e na Argentina, que opõe uma tradição liberal e cosmopolita a outra mais nacional e agrária. Tentamos compreender como o discurso nacionalista voltado para o passado – que começa pela direita, com a retomada da cultura gaucha e de símbolos recalcados pelo projeto liberal nos dois países – acaba sendo incorporado por uma esquerda nacional que se consolida nos anos 1950, e depois se espraia até grupos que pegam em armas para fazer a revolução. É uma tese que cruza elementos de História Política e História das Ideias, retoma conceitos como romantismo e nostalgia, recupera o debate sobre nação na tradição marxista e busca as longas linhas de formação da identidade nacional e do pensamento de esquerda na América Latina. |