"Avaliação do estado de ansiedade em pacientes submetidos a cirurgias eletivas sob regime ambulatorial ou sob regime de internação"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Giuntini, Patricia Bodnar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-19052006-103643/
Resumo: Introdução. A ansiedade é um sentimento normal que prepara o organismo para situações adversas. É difícil de ser quantificada, porém pode ser estimada por meio de escalas subjetivas como a analógica visual, a comportamental e a verbal ou de maneira objetiva indireta por meio de parâmetros hemodinâmicos ou quantificação de hormônios do estresse no plasma ou na saliva. Cirurgias realizadas sob regime ambulatorial acarretam menor custo e menor índice de infecção hospitalar. No entanto, não existem dados suficientes para afirmar que a não internação hospitalar provoca menor grau de ansiedade nos pacientes. Objetivo. Quantificar e comparar mediante a utilização de escalas, questionários e dosagem do cortisol salivar, o grau de ansiedade de pacientes submetidas a cirurgias sob regime ambulatorial ou sob regime de internação. Casuística e método – Foram constituídos dois grupos de 12 pacientes cada um: grupo RA no qual as pacientes foram operadas eletivamente sob regime ambulatorial e grupo RI no qual as pacientes foram operadas eletivamente sob regime de internação. Todas as pacientes foram avaliadas quanto ao estado de ansiedade na véspera e no dia da cirurgia por meio da aplicação das escalas de Spielberger (traço e estado), verbal e analógica visual e da quantificação do cortisol salivar. Avaliou-se ainda o comportamento hemodinâmico. A coleta da saliva foi realizada em dois momentos: na véspera e no dia da cirurgia. Saliva para quantificação do cortisol foi coletada no sétimo e oitavo dias pós-operatório para avaliação do ritmo basal das pacientes. Resultados. Os dados demográficos entre os dois grupos, considerando idade e peso, mostraram-se estatisticamente idênticos. Em relação ao padrão hemodinâmico, não houve diferença entre os dois grupos de regime de internação na véspera da cirurgia. No dia da cirurgia, o grupo RA apresentou pressão arterial diastólica maior do que o grupo RI. Nos demais parâmetros hemodinâmicos (pressão arterial sistólica e freqüência cardíaca) não houve diferença entre os grupos. A avaliação da ansiedade verificada por meio da Escala Verbal não evidenciou diferença entre os grupos na véspera e no dia da cirurgia, enquanto que, no dia da cirurgia, as pacientes do regime ambulatorial apresentaram, na Escala Analógica Visual, escores de ansiedade maiores que as pacientes do regime de internação. Na escala de Spielberger, o traço-ansiedade encontrado nos grupos foi similar e o estado-ansiedade, na véspera da cirurgia, foi maior no grupo operado sob regime ambulatorial. Não houve diferença entre os grupos no tocante ao cortisol salivar. Conclusão. Pacientes operadas sob regime ambulatorial apresentaram maior grau de ansiedade do que as pacientes operadas sob regime de internação.