Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Alexandrino, Daniela Fantoni de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-17072015-140319/
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Resumo: |
Esta tese tem como objeto de estudo as ações oriundas do subprojeto em Pedagogia/Educação Inclusiva do PIBID/UEMG/Barbacena, bem como as tensões nele produzidas. Dessa forma, temos como objetivo investigar tais ações e tensões no intuito de apresentar uma possibilidade de leitura para as relações produzidas pelas pessoas que estão atuando no contexto educacional, mais especificamente com a educação inclusiva da rede pública municipal de Barbacena-MG e fazer eclodir tais ações e tensões a partir das vozes que nelas se fazem ouvir. Para discutir tal problemática, traçamos um percurso histórico sobre a educação de pessoas com deficiência, onde compreendemos que estas pessoas passaram por um período de total segregação da sociedade, sendo, inclusive exterminadas, para posteriormente serem integradas e, mais recentemente, passamos a discutir sobre o conceito de inclusão. Inclusão esta que ainda muito precisa ser debatida e refletida nas escolas, uma vez que observamos que a responsabilidade é coletiva, envolvendo sistema governamental, instituição escolar, família e a comunidade. Deste modo, é importante pensarmos em mudanças na educação brasileira, e é preciso salientar que tais transformações dependem de um conjunto de ações em nível de sistema de ensino que tem de se movimentar a fim de garantir que todas as unidades que o compõem ultrapassem o patamar em que se encontram. Como exemplo de uma possível mudança, abordamos sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) que possibilita uma ampliação da vivência do exercício da docência pelos seus licenciandos, especialmente na Educação Inclusiva, além de privilegiar a construção do conhecimento mais apurado, buscando a (co)relação entre teoria e prática, afinal o programa aproxima os alunos de licenciatura da realidade escolar, objetivando vivências para o enriquecimento em sua formação profissional. Além das reflexões feitas neste trabalho e para trazer à baila as discussões sobre a deficiência na escola, recorremos à entrevista estruturada e a observação aplicadas às bolsistas do PIBID regularmente matriculadas no curso de Pedagogia do Instituto Superior de Educação Dona Itália Franco UEMG/Barbacena (Minas Gerais) e às supervisoras do referido subprojeto e utilizamos como análise e tratamento dos dados a Análise de Conteúdo segundo Bardin (2008). De acordo com a autora, a Análise de Conteúdo é um método de investigação que permite ir além das análises de métodos tradicionais. São meios e formas de avaliar um objeto de pesquisa, levando em consideração sua totalidade e subjetividade. Em relação aos resultados obtidos, percebemos, destarte, que a inclusão escolar de pessoas com deficiência, muitas vezes, não ocorre por não entendermos que a responsabilidade sobre a inclusão é de todos (escola, professor, Estado, família) e não somente de um. Ainda não compreendemos que colocar a culpa e/ou a responsabilidade em um único elo dessa corrente determina o fracasso, não de aprendizagem, mas de todo um sistema que não conhece e que não busca conhecer as diferenças dos outros, e deste modo abarcar a função de cada um na escolarização desses sujeitos. Para acabarmos com as tensões apresentadas e envolvermos de vez as responsabilidades dessa inclusão é necessário que, acima de tudo, busquemos a compreensão de que a realidade é objetiva, mas que as condições subjetivas como aceitação, superação, afetividade e respeito são determinantes. Por fim, concluímos que a inclusão é algo realizável e que essa realização depende do deslocamento do olhar. Que passemos a priorizar nossos alunos e suas potencialidades, que enfatizemos a troca de experiências e vivências, que busquemos metodologias interativas e estimulantes e que façamos do (re)conhecimento da diversidade uma estratégia para a aprendizagem, concebendo, assim, a criança por inteiro, respeitando a dignidade de todo e qualquer indivíduo. |