Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Rute Aparecida Casas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-04092024-084934/
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Resumo: |
A política pública voltada para a linha de cuidado do diabetes mellitus (DM) inclui o automonitoramento da glicemia capilar (AMGC) no domicílio havendo legislação em vigor no país que prevê o fornecimento de tiras de glicemia capilar (TGC) e insumos. No entanto, a avaliação dessa estratégia em termos de acesso e atendimento da equipe de saúde é pouco explorada. O presente estudo avaliou a relação do controle glicêmico das pessoas com DM em uso de TGC segundo as variáveis sociodemográficas e as consultas com equipe de saúde na Atenção na Atenção Primária à Saúde (APS). A população foi composta por 8.046 pessoas que retiraram TGC em 2019 nas farmácias das unidades básicas de saúde municipais em Ribeirão Preto. Deste grupo, 3.830 pessoas apresentaram pelo menos um resultado de hemoglobina glicada (HbA1c) registrado no sistema Hygiaweb. Os dados foram disponibilizados em uma tabela do Microsoft Excel® passando por um cálculo amostral e um sorteio aleatório, resultando em 422 pessoas. Foi considerado como controle glicêmico adequado os valores de HbA1c <7% para os adultos e <7,5% para os idosos. Realizou-se uma análise comparativa entre grupos com controle glicêmico adequado e inadequado, buscando identificar associações. O teste exato de Fisher foi utilizando com um nível de significância de 5% (p<0,05). Para medir a correlação entre variáveis, o coeficiente de correlação de Spearman foi escolhido, dada a falta de distribuição normal. A análise estatística foi conduzida por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. O estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa. A amostra do estudo incluiu 422 pessoas com predomínio do sexo feminino (64,7%) e idosos (65,6%), que realizaram 724 exames de HbA1c, com média de 1,72 por pessoa/ano. A maioria dos participantes (66,4%) apresentou controle glicêmico inadequado, média de HbA1c de 8,37% e (69%) consumo menor que 250 tiras/ano. A análise revelou que a idade foi a única variável significativa estatisticamente associada ao controle glicêmico para os idosos acima de 60 anos. O distrito Central registrou a maior frequência de controle glicêmico adequado (37,8%). As consultas com a equipe de saúde de nível superior na APS totalizaram 3.587, média de 5,66 consultas com enfermeiros, 4,02 com médicos e 2,99 com a equipe multiprofissional. A consulta com enfermeiro apresentou diferença significativa entre os grupos de pessoas com controle glicêmico. Quando analisamos todas as pessoas que receberam TGC e as variáveis, a idade mostrou correlação significativa e negativa com consumo de tiras de glicemia e as consultas com médico e enfermeiro. Ao correlacionarmos as pessoas que alcançaram o controle glicêmico, observou-se que quanto maior o consumo de TCG menor o valor de HbA1c, de classificação forte. E para as pessoas que não alcançaram o controle glicêmico, o consumo de insulina humana NPH e regular foi positiva e moderada para o valor de HbA1c. Os achados apontam subsídios para a importância do AMGC, a utilização apropriada de insumos e a conformidade com protocolos existentes. No entanto, mostram que é necessário incrementar o acompanhamento multiprofissional, a educação em saúde, ajustes no sistema de registro das informações, para um melhor controle glicêmico e manejo do diabetes na APS. Contudo, a individualização das metas terapêuticas, estratégias educacionais, abordagens farmacológicas, acompanhamento da equipe de saúde mostraram relação com o controle glicêmico das pessoas que realizam o monitoramento da glicemia capilar no domicílio. |