Resistência de variedades de arroz à Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera-Pyralidae) e sua associação com características biofísicas e bioquímicas das plantas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Martins, José Francisco da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-180613/
Resumo: A pesquisa foi realizada para determinar se a resistência do tipo antibiose em arroz à D. saccharalis está associada a características biofísicas ou bioquímicas das plantas. Para tal, foram estudados os efeitos das variedades IAC-25, IAC-47, DD-48, Patnai-6, Ti Ho Hung, TKM-6 e Suyai-20, no crescimento de lagartas, utilizando-se três tipos de alimentos: plantas intactas cultivadas em telado; pedaços de colmos; dietas artificiais contendo extratos aquosos de plantas. O efeito da alimentação em pedaços de colmos e em dietas artificiais foi avaliado, em condições controladas de laboratório, através de parâmetros biológicos do inseto e dos índices nutricionais digestibilidade aproximada {AD), eficiência de conversão do alimento ingerido (ECI) e eficiência de conversão do alimento digerido (ECD). Na forma de planta intacta, as variedades IAC-25 e IAC-47 foram as mais adequadas ao crescimento das lagartas, enquanto as demais variedades causaram um efeito de antibiose reduzindo o crescimento do inseto. A técnica de infestar pedaços de colmos com lagartas revelou-se viável para discriminar as variedades quanto a resistência à D. saccharalis mas não para separar os efeitos dos fatores biofísicos e bioquímicos das plantas responsáveis pela antibiose. Em dietas artificiais contendo extratos aquosos de plantas, o efeito dos fatores biofísicos da planta foram completamente eliminados. A “inoculação” destas dietas com lagartas, recém-eclodidas, foi considerado o método mais apropriado para analisar o efeito isolado da composição química das variedades sobre o crescimento do inseto. A quantidade de dieta consumida e o valor de ECD foram os parâmetros que melhor explicaram tal efeito. A natureza da antibiose foi determinada pelo confronto do resultado de crescimento de lagartas, em plantas intactas da variedade, com o obtido na dieta artificial correspondente: em variedades desfavoráveis ao inseto na forma de planta intacta, mas favoráveis em dieta artificial, a antibiose foi considerada ser de natureza biofísica; em variedades, desfavoráveis tanto na forma de planta intacta como em dieta artificial, a antibiose foi. considerada ser pelo menos de natureza bioquímica, não sendo eliminada, entretanto a possibilidade de um efeito adverso também de fatores biofísicos da planta intacta. Em dieta artificial, a variedade DD-48 foi a menos adequada ao crescimento de lagartas. Como consequência, reduziu sensivelmente as viabilidades larval, pupal e total, aumentou a porcentagem de adultos deformados e diminuiu a capacidade reprodutiva do inseto. A resistência do tipo antibiose que a variedade apresenta à D. saccharalis na forma de planta intacta, está associada, entre outras causas, a características bioquímicas das plantas.