Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Spadaro, André Gasparini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-16102019-104545/
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Resumo: |
Introdução: A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, é uma das mais relevantes afecções parasitárias endêmicas na América Latina, afetando aproximadamente 6 milhões de pessoas. A cardiopatia chagásica se desenvolve em 20-30% dos indivíduos infectados, evolui com prognóstico desfavorável e se caracteriza por miocardite persistente, depleção neuronal ganglionar intracardíaca e disautonomia peculiares à condição. Objetivos: Avaliar a viabilidade e segurança da denervação simpática renal por cateter de radiofrequência, como uma estratégia de tratamento para pacientes com cardiopatia chagásica sintomática avançada. Métodos: Estudo clínico piloto, prospectivo, unicêntrico, randomizado, não cego e sem procedimento simulado (sham) no grupo controle. Pacientes com cardiopatia chagásica foram randomizados em proporção 2:1 para denervação renal ou tratamento clínico (grupo controle). O objetivo primário composto foi a incidência de eventos adversos maiores após 9 meses, definido como óbito por qualquer causa, infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico, necessidade de intervenção em artéria renal ou alteração na função renal (queda na taxa estimada de filtração glomerular > 30%). Resultados: Um total de 17 pacientes foram alocados para denervação renal (n=11) ou para tratamento clínico (n=6). Os pacientes incluídos apresentavam cardiopatia chagásica avançada, com redução expressiva da função ventricular esquerda (fração de ejeção média de 26.7 ± 4.9%). Nos pacientes randomizados para denervação renal, o procedimento foi realizado com sucesso e sem intercorrências. Após 9 meses, o objetivo primário foi observado em 36.4% dos pacientes do grupo denervação renal e em 50.0% no grupo controle (p=0.6). Após 9 meses, parâmetros clínicos, funcionais, laboratoriais, ecocardiográficos e de qualidade de vida foram similares entre os grupos. Conclusões: O presente estudo piloto sugere que a denervação simpática renal por cateter é factível, segura e bem tolerada em pacientes com cardiopatia chagásica avançada, sendo necessários estudos adicionais para melhor avaliar a eficácia clínica dessa estratégia intervencionista, no intuito de melhorar o prognóstico dessa população de alto risco |