Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bossonario, Pedro Augusto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-12082024-103252/
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Resumo: |
Objetivo: Analisar os fatores sociodemográficos, comportamentais e de saúde associados ao uso consistente do preservativo e à infecção pelo HIV entre adolescentes e jovens atendidos nos Centros de Testagem e Aconselhamento do município de Ribeirão Preto. Método: Trata-se de um estudo multimétodos (epidemiológico descritivo e caso-controle) que envolveu pessoas de 15 a 24 anos que procuraram atendimento em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) no município de Ribeirão Preto - SP para realização de testes para HIV entre 2018 e 2021. Os dados foram coletados de fonte secundária, sendo considerados como casos as pessoas jovens que informaram usar preservativos nas relações sexuais vaginais e anais, bem como aquelas que apresentaram resultado positivo ao teste de HIV. Os controles foram eleitos por meio de jovens que informaram \"às vezes\" ou \"não utilizar preservativos\" nas relações sexuais vaginais e anais e aqueles que apresentaram resultado negativo ao teste de HIV. As análises dos dados foram realizadas de forma descritiva e por meio do teste Qui-quadrado, teste exato de Fisher, análise de resíduo padronizado e regressão logística. Resultados: Ao comparar com adultos, os jovens testados reagentes para HIV apresentaram associação com as seguintes variáveis: ser solteiro, ensino médio completo, estudante, homens que faziam sexo com homens e que não realizavam o primeiro teste de HIV e sífilis na vida. Os adultos com HIV tiveram associação com: ser casado/união estável, ensino superior completo, empregado, heterossexuais e contactantes de parceria com IST/HIV nos últimos 12 meses. Entre a população jovem, aqueles que não faziam uso de álcool tinham 5,02 vezes mais chances de uso consistente do preservativo em relação aos que consumiam álcool; quem possuía somente parceria sexual eventual apresentou 16,30 vezes mais chances de usar preservativo em relação aos que tinham apenas parcerias fixas. Além disso, aqueles que tinham relação sexual com homens e mulheres apresentaram 10,91 vezes mais chances de fazer uso consistente de preservativo em comparação aos que se relacionavam apenas com mulheres. Entre os jovens que se declaram homens, as chances de ter teste reagente para HIV foi 5,38 vezes maior do que entre as mulheres. Foi possível identificar, ainda, que profissionais do sexo tinham 31,5 vezes mais chance de ter infecção por HIV e aqueles que \"às vezes\" ou \"nunca\" utilizavam preservativo possuíam 2,43 vezes mais chance de adquirir a infecção. O sexo vaginal constituiu fator de proteção para infecção de HIV. Conclusão: A partir do reconhecimento do perfil e dos fatores associados às pessoas com testagem reagente para HIV, bem como o uso consistente de preservativo, estratégias direcionadas para o diagnóstico e tratamento oportuno devem ser priorizadas por meio de políticas públicas em saúde capazes de alcançar a população jovem, bem como construir o conhecimento acerca das necessidades singulares de cada pessoa. |